Economia

Codelco e SQM criam uma gigantesca empresa no Chile para explorar lítio

O país é o segundo produtor mundial do metal leve, usado em baterias de carros elétricos

Codelco e SQM criam uma gigantesca empresa no Chile para explorar lítio
Codelco e SQM criam uma gigantesca empresa no Chile para explorar lítio
Foto: Pablo Vera/AFP
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A estatal chilena Codelco, a principal produtora mundial de cobre, e a mineradora privada SQM anunciaram, neste sábado 27, a criação de uma empresa gigantesca para a exploração de lítio no Chile, país com a maior reserva deste metal crucial para a transição energética.

O Chile é o segundo produtor mundial de lítio, metal leve usado em baterias de carros elétricos, com o objetivo de deixar para trás os combustíveis fósseis.

A associação público-privada se chamará Nova Andino Litio SpA e “desenvolverá as atividades de exploração, extração, produção e comercialização do lítio no Salar do Atacama até 2060”, anunciou a Codelco em um comunicado depois que as entidades reguladoras autorizaram a aliança.

O acordo passou pela aprovação de mais de 20 organismos de regulamentação nacionais e internacionais, entre eles de Brasil, China, Arábia Saudita e União Europeia.

A nova empresa visa a aumentar a produção em cerca de 300.000 toneladas ao ano no Salar do Atacama, no norte do país. Em 2022, o Chile produziu 243.100 toneladas do chamado ouro branco.

“Esta sociedade conjunta permite projetar o desenvolvimento do Salar do Atacama” em benefício dos “mercados globais”, afirmou Ricardo Ramos, gerente-geral da SQM, uma das principais produtoras de lítio do mundo.

A SQM conta com capital chinês.

A associação faz parte da Estratégia Nacional do Lítio, anunciada pelo governo do presidente Gabriel Boric em 2023, com o objetivo de recuperar a liderança mundial na produção de lítio, perdida em 2016.

Segundo a Codelco, com este acordo, o Estado chileno receberá, entre 2025 e 2030, cerca de 70% da margem operacional gerada pela nova produção, e a partir de 2031, 85% desta margem.

O ouro branco representou 3% de suas exportações em 2024.

A operação foi qualificada pela Codelco como “uma das mais relevantes na história empresarial do Chile”.

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