Mundo
Círculo próximo de Trump é convocado para depor sobre ataque ao Capitólio
A pressão aumenta para o ex-presidente, considerado por muitos o responsável direto pelo ataque à sede do Congresso
O que Donald Trump fez no dia do ataque ao Capitólio? Para esclarecer, quatro membros do círculo próximo do ex-presidente foram convocados nesta quinta-feira 24 por uma comissão parlamentar de inquérito.
A pressão aumenta para o bilionário republicano, considerado por muitos o responsável direto pelo ataque à sede do Congresso dos Estados Unidos, em Washington, no dia 6 de janeiro.
A comissão, que Donald Trump descreveu no passado como “altamente tendenciosa”, está particularmente interessada em Mark Meadows, chefe de gabinete do 45º presidente dos Estados Unidos na época do ataque.
“Parece que você estava com ou perto do presidente Trump em 6 de janeiro, que teve comunicações com o presidente e outras pessoas naquele dia sobre os eventos no Capitólio”, detalhou o democrata Bennie Thompson, que chefia a comissão, em uma carta a Meadows.
Dan Scavino, um assessor próximo de Trump, é suspeito de ter estado com o então presidente em 5 de janeiro durante uma conversa para buscar maneiras de convencer os membros do Congresso a não certificarem a vitória de Joe Biden na eleição.
Foi a mesma sessão de certificação que partidários de Donald Trump tentaram interromper, após se reunirem aos milhares fora da Casa Branca em ato público do então presidente, que alegou sem provas que a eleição havia sido fraudada.
Várias centenas de seus seguidores invadiram o Capitólio para evitar a certificação de Biden. Cinco pessoas morreram naquele dia frio de janeiro.
Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump, que teria dito na véspera do assalto que “amanhã será um inferno”, também foi convocado a comparecer perante a comissão parlamentar, assim como Kashyap Patel, outro homem de confiança do primeiro Presidente.
A comissão exige que os quatro homens entreguem um pacote de documentos até 7 de outubro e testemunhem perante o Congresso na semana seguinte.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também
‘Hoje, o apoio a Trump nos EUA é maior que o de Bolsonaro no Brasil’
Por Luciana Rosa
Ex-assessor de Trump depõe à PF no inquérito das milícias digitais
Por Marina Verenicz



