Cultura

Cineasta iraniano Dariush Mehrjui e sua esposa são mortos em casa

Em entrevista publicada neste domingo pelo jornal Etemad, a esposa do cineasta dizia ter recebido ameaças e que sua casa havia sido roubada

Dariush Mehrjui e sua esposa Vahida Mohammadifar Foto: Abdulwahed MIRZAZADEH / isna news / AFP
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Um dos cineastas mais importantes iranianos, Dariush Mehrjui, foi morto a facadas na noite de sábado (14) junto com sua esposa, em sua casa, perto de Teerã, anunciou a Autoridade Judiciária neste domingo (15).

O cineasta de 83 anos dirigiu “A Vaca”, em 1969, um dos primeiros filmes da nova onda do cinema iraniano.

“Durante a investigação preliminar, descobrimos que Dariush Mehrjui e sua esposa, Vahideh Mohammadifar, foram assassinados com múltiplas facadas no pescoço”, anunciou o chefe da Justiça da província de Alborz, perto de Teerã, Husein Fazeli-Harikandi, citado pela agência de Justiça Mizan Online.

Em entrevista publicada neste domingo pelo jornal Etemad, a esposa do cineasta dizia ter recebido ameaças e que sua casa havia sido roubada.

“A investigação mostrou que nenhuma queixa foi apresentada pela entrada ilegal na propriedade da família Mehrjoui e pelo roubo de seus bens”, acrescentou Fazeli-Harikandi.

Entre 1980 e 1985, o cineasta permaneceu na França, onde dirigiu “Voyage au pays de Rimbaud“. Retornando ao Irã, triunfou nas bilheterias com “Os Inquilinos”.

Em 1990, filmou “Hamoun”, uma comédia sobre as 24 horas na vida de um intelectual angustiado por seu divórcio e por suas preocupações intelectuais, em um Irã invadido pelas empresas tecnológicas Sony e Toshiba.

Na década de 1990, Mehrjui também fez retratos de mulheres, entre eles “Leila”, um melodrama sobre uma mulher estéril que incentiva o marido a se casar com uma segunda esposa.

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