Mundo

Cinco policiais dos EUA são presos por morte de homem negro em abordagem violenta

No dia 7 de janeiro, os policiais tentaram prender Tyre Nichols, um afro-americano de 29 anos, por uma infração de trânsito

Créditos: Reprodução Redes Sociais
Apoie Siga-nos no

Cinco policiais foram acusados e presos nesta quinta-feira 26, nos Estados Unidos, pela morte de um afro-americano após uma prisão que a família classificou de brutal, segundo documentos judiciais.

Os cinco agentes da polícia de Memphis, no Tenessee, todos também negros, foram indiciados por homicídio, agressão e lesão corporal, assim como sequestro, segundo o registro da prisão do condado de Shelby.

No dia 7 de janeiro, os policiais tentaram prender Tyre Nichols, um afro-americano de 29 anos, por uma infração de trânsito.

Quando os agentes se aproximavam, houve “confrontação” e “o suspeito fugiu”, afirmou a polícia em comunicado.

Após sua captura, Nichols queixou-se de que estava com dificuldades para respirar e foi hospitalizado. Acabou morrendo três dias depois.

Existem vídeos do incidente, mas as autoridades ainda não os divulgaram.

Segundo os advogados da família Nichols, “a polícia o espancou até o ponto em que não era mais possível reconhecê-lo”.

O caso repercute de forma particular em um país ainda marcado pela morte de George Floyd, em maio de 2020, e pelas manifestações do movimento Black Lives Matter, contra o racismo e a violência policial.

Os cinco agentes foram demitidos na semana passada. A investigação interna da polícia comprovou que eles usaram força excessiva. Outros agentes também estão sendo investigados no caso.

Os cinco policiais detidos são “diretamente responsáveis pelas violências físicas cometidas contra o senhor Nichols”, declarou na quarta-feira a chefe da polícia de Memphis, Cerelyn Davis, ao considerar que não se tratou de “apenas de um erro profissional, mas da falta de humanidade”.

O vídeo da abordagem, que foi exibido à família de Nichols, deve ser publicado nos próximos dias.

Diante da possibilidade de manifestações, a chefe de polícia pediu que não haja “incitação à violência nem à destruição”.

O presidente Joe Biden, por sua vez, pediu calma à população, mas manifestou seu apoio à realização de “protestos pacíficos”.

“Enquanto os americanos sofrem, o Departamento de Justiça conduz sua investigação e as autoridades estaduais continuam seu trabalho, junto-me à família de Tyre pedindo um protesto pacífico”, disse Biden. “A indignação é compreensível, mas a violência nunca é aceitável.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo