Mundo

Chuvas torrenciais deixam ao menos 62 mortos na China

O tufão Doksuri, rebaixado a tempestade depois de atingir as vizinhas Filipinas, varreu partes da China na semana passada com chuvas fortes que causaram mais de 60 vítimas fatais

Fortes chuvas inundam regiões de Pequim. Foto: Pedro PARDO / AFP
Apoie Siga-nos no

As chuvas torrenciais que atingiram o norte da China nos últimos dias deixaram pelo menos 62 mortos, segundo um balanço divulgado nesta quarta-feira 9, que triplicou o número de vítimas em Pequim no período de uma semana.

O tufão Doksuri, rebaixado a tempestade depois de atingir as vizinhas Filipinas, varreu partes da China na semana passada com chuvas fortes que causaram danos consideráveis.

Pequim, que registrou as chuvas mais fortes dos últimos 140 anos, e a vizinha província de Hebei foram particularmente atingidas.

Nesta quarta-feira, o número de mortos pelas tempestades aumentou para pelo menos 33, com 18 desaparecidos apenas em Pequim, enquanto tempestades devastadoras também atingiram o nordeste da China, perto da Rússia e da Coreia do Norte.

Em 1º de agosto, o número de mortos só na capital subiu para 11.

“Quero expressar as minhas profundas condolências”, disse o vice-prefeito de Pequim, Xia Linmao, em entrevista coletiva, na qual pediu também um minuto de silêncio pelas vítimas.

Condições meteorológicas extremas

Na vizinha província de Hebei, em Pequim, 15 pessoas morreram. Pelo menos outras 14 morreram no nordeste da China, uma região importante para a produção de cereais, devido ao clima.

Mais ao norte, em Heilongjiang, a mídia estatal informou que os níveis de água de dezenas de rios ultrapassaram os “níveis de alerta” nos últimos dias.

“Ainda sinto medo quando me lembro das enchentes”, disse Zheng Xiaokang, um policial do vilarejo de Jiangxi, à agência de notícias Xinhua.

“Diante da chuva persistente e da subida do rio, as consequências teriam sido devastadoras se não tivéssemos conseguido retirar os moradores a tempo”, afirmou.

O clima extremo e as temperaturas incomuns que a China enfrenta há alguns meses também atingiram outras partes do país.

Na província montanhosa de Sichuan (sudoeste), pelo menos 7 pessoas morreram afogadas na quarta-feira durante uma inundação repentina do rio Longxi, informou a agência Xinhua.

A tragédia ocorreu por volta das 10h, perto de uma represa em um conhecido ponto turístico de Ya’an, quando uma dezena de pessoas que estavam tirando fotos foram arrastadas pela grande quantidade de água, informou a televisão estatal CCTV.

Imagens transmitidas pela emissora mostram pessoas gritando em meio à correnteza, lutando para manter a cabeça acima da água.

“A segurança pública local, o corpo de bombeiros e outros departamentos continuam realizando esforços de busca e resgate”, disse a CCTV.

Chuvas torrenciais atingiram a China como nunca antes nas últimas semanas, danificando a infraestrutura e inundando partes de Pequim e bairros vizinhos.

As catástrofes naturais causaram um total de 147 mortes ou desaparecimentos em julho, anunciaram as autoridades na sexta-feira. Esta contagem integra apenas parcialmente as vítimas do tufão Doksuri.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo