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China vai manter estratégia de ‘covid zero’ para frear contágios

O país lida com seu pior surto epidêmico desde a primeira onda de contágios, em 2020, com dezenas de milhares de pessoas confinadas em todo o país

Créditos: STR / AFP
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O presidente chinês, Xi Jinping, ordenou, nesta quinta-feira 17, prosseguir com a política governamental de “covid zero” contra a pandemia em um momento no qual o país enfrenta o seu pior surto epidêmico desde a primeira onda em 2020.

“Devemos continuar pondo as pessoas e a vida em primeiro lugar, sempre, seguindo as indicações científicas (…) e frear a propagação da epidemia o mais rápido possível”, declarou Xi, segundo a televisão estatal CCTV.

A China, onde o vírus foi detectado pela primeira vez no fim de 2019 – em Wuhan (centro) – atacou rapidamente a propagação da epidemia adotando medidas de confinamento bastante restritas, que, em alguns casos, envolviam cidades inteiras e a realização de testes em massa.

Essa estratégia “covid zero”, que busca limitar ao máximo a aparição de novos casos, permitiu a China limitar os mortos a menos de 5.000 desde o início da pandemia.

Há vários dias, porém, o país lida com seu pior surto epidêmico desde a primeira onda de contágios, em 2020, com dezenas de milhares de pessoas confinadas em todo o país.

O Ministério da Saúde informou, nesta quinta, que foram reportados 2.432 novos casos de Covid-19, espalhados, praticamente, por todas as províncias. Os números são muito baixos em comparação com os comunicados por outros países, porém muito altos para a China.

Medidas restritas

Diante desse aumento dos contágios, as autoridades decretaram confinamentos em, ao menos, 17 cidades, sobretudo na província de Jilin (nordeste), onde foram detectados grande parte dos casos e na cidade de Shenzhen (sul), onde vivem 17,5 milhões de habitantes.

Em Xangai, a maior cidade chinesa, foram registrados apenas 165 novos casos, mas as autoridades já confinara, vários bairros.

Assim, o famoso cais Bund, localizado às margens do rio Huangpu em frente aos icônicos arranha-céus da metrópole, estava quase deserto.

Em Hong Kong (sul), os hospitais estão lotados de pacientes e a população local está esvaziando os supermercados, em pânico, diante do temor de que se decrete um novo confinamento.

Os restritos confinamentos pesam sobre a vida cotidiana e sobre a economia do país.

Nas últimas semanas, especialistas chineses puseram em dúvida a viabilidade da estratégia governamental contra a pandemia.

Houve casos de pessoas bloqueadas em seu trabalho ou em restaurantes, à espera de poder realizar um teste de Covid-19. Em alguns lugares, tem que se esperar 48 horas para ter o resultado.

No início do mês, Zeng Guang, um cientista de alto nível recomendou que a China comece a viver com o vírus e abandone “em um futuro próximo” sua estratégia de “zero covid”.

Segundo o especialista, muito poucos chineses foram contagiados e suas imunidades coletivas provêm quase totalmente das vacinas de fabricação nacional.

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