Educação
China promete defender seus estudantes após suspensão de vistos para Harvard
Para o país asiático, as ações tomadas por Trump ‘apenas prejudicarão a imagem dos Estados Unidos e sua credibilidade internacional’
A China prometeu, nesta quinta-feira 5, “defender firmemente os direitos e interesses legítimos de seus estudantes” depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proibiu a emissão de vistos para estudantes estrangeiros que deveriam começar seus estudos em Harvard.
A proibição de Trump será aplicada por seis meses aos estrangeiros que entram ou tentem entrar nos Estados Unidos para estudar em Harvard por meio do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio.
O presidente acrescentou que os alunos internacionais que já estudam na universidade, com diversos tipos de permissões migratórias, passarão por uma revisão e correm o risco de ter o visto “revogado”.
“A China sempre foi contra a politização da cooperação educacional”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian.
O porta-voz acrescentou que as ações tomadas pela administração Trump “apenas prejudicarão a imagem dos Estados Unidos e sua credibilidade internacional”.
O governo Trump mantém um confronto contínuo com o mundo acadêmico, em particular com várias universidades que acusa de viés esquerdista e antissemita.
Harvard, parte da prestigiosa Ivy League, provocou a ira do presidente ao rejeitar publicamente suas demandas para ceder o controle de suas contratações, planos de estudo e opções de pesquisa.
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