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China nega conspirar com Coreia do Norte e Rússia contra os EUA

Trump foi às redes reclamar do encontro entre Xi Jinping, Vladimir Putin e Kim Jong Un; o país asiático rebateu: ‘o desenvolvimento das relações diplomáticas da China nunca é dirigido contra terceiros’

China nega conspirar com Coreia do Norte e Rússia contra os EUA
China nega conspirar com Coreia do Norte e Rússia contra os EUA
Vladimir Putin, Xi Jinping e Kim Jong Un em um evento na China. Foto: Alexander KAZAKOV / POOL / AFP
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A China defendeu nesta quinta-feira 4 sua decisão de convidar os líderes da Rússia e da Coreia do Norte para seu grande desfile militar em Pequim, um ato que o presidente Donald Trump apontou como uma oportunidade para conspirar contra os Estados Unidos.

O republicano escreveu uma mensagem irritada em sua plataforma Truth Social direcionada ao homólogo chinês, Xi Jinping, após o desfile militar em que Pequim exibiu na quarta-feira suas armas e equipamentos militares mais modernos.

“Envie meus cumprimentos mais calorosos a Vladimir Putin e Kim Jong Un, enquanto vocês conspiram contra os Estados Unidos da América”, escreveu Trump.

Ao ser questionado sobre essa mensagem, o Ministério das Relações Exteriores da China reforçou que os “convidados estrangeiros” foram chamados para celebrar os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial.

“Trata-se de colaborar com os países e povos que amam a paz, para recordar a história, honrar a memória dos mártires, valorizar a paz e criar o futuro”, disse o porta-voz Guo Jiakun.

“O desenvolvimento das relações diplomáticas da China com qualquer país nunca é dirigido contra terceiros”, afirmou.

Na quarta-feira, o Kremlin respondeu que considerava que a acusação de Trump “não estava isenta de ironia”.

Pequim reservou palavras muito mais duras para a principal representante diplomática da União Europeia, Kaja Kallas, que também criticou o desfile.

Kallas afirmou na quarta-feira que a aparição conjunta de Xi, Putin e Kim era parte dos esforços para construir uma “nova ordem mundial” antiocidental e representava “um desafio direto ao sistema internacional baseado em normas”.

“As declarações de certa funcionária da UE estão repletas de viés ideológico, carecem de conhecimentos históricos básicos e incitam de forma descarada o confronto e o conflito”, afirmou Guo.

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