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China executa ex-banqueiro por aceitar subornos de US$ 156 milhões

Segundo a TV estatal, Bai Tianhui ‘aceitou subornos de um valor excepcionalmente alto em circunstâncias excepcionalmente graves e com impacto social especialmente atroz’ e, por isso, foi condenado com a pena máxima

China executa ex-banqueiro por aceitar subornos de US$ 156 milhões
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Esta foto divulgada pelo Tribunal Popular Intermediário nº 2 de Tianjin em 28 de maio de 2024 mostra Bai Tianhui (C), ex-gerente geral da China Huarong International Holdings (CHIH), subsidiária da Huarong Asset Management, durante sua sentença no tribunal em 28 de maio de 2024. Foto: Tianjin No.2 Intermediate People’s Court / AFP
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A China executou nesta terça-feira 9 um ex-executivo de uma importante empresa financeira controlada pelo Estado após condená-lo por corrupção, informou a imprensa estatal.

Bai Tianhui, ex-diretor-geral da China Huarong International Holdings (CHIH), foi declarado culpado de aceitar mais de 156 milhões de dólares (847 milhões de reais) em troca de tratamento favorável na aquisição e financiamento de projetos entre 2014 e 2018, segundo a televisão estatal CCTV.

A CHIH é uma subsidiária da China Huarong Asset Management, uma empresa de gestão de dívidas.

A Huarong é alvo da campanha anticorrupção do presidente chinês Xi Jinping. O ex-presidente do grupo Lai Xiaomin foi executado em 2021 por receber 253 milhões de dólares em subornos.

As condenações à pena de morte por corrupção na China geralmente são emitidas com um adiamento de dois anos e depois são comutadas para prisão perpétua.

Bai apresentou um recurso contra a condenação, emitida em maio de 2024 na cidade de Tianjin, mas o principal tribunal do país ratificou a sentença em fevereiro.

Bai “aceitou subornos de um valor excepcionalmente alto, as circunstâncias de seus crimes foram excepcionalmente graves, o impacto social foi especialmente atroz e os interesses do Estado e do povo sofreram perdas excepcionalmente significativas”, afirmou a CCTV, que citou o tribunal.

O ex-banqueiro foi executado nesta terça-feira em Tianjin após um encontro com seus parentes, acrescentou a emissora, sem especificar como ele foi executado.

A China mantém em segredo os números da pena de morte, embora a Anistia Internacional e outros grupos de defesa dos direitos humanos afirmem que milhares de pessoas são executadas a cada ano no país.

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