China anuncia fim da cooperação com os EUA em vários assuntos

Anúncio se dá no contexto da visita da presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan esta semana

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi. Foto: Handout/Taiwan's Ministry of Foreign Affairs (MOFA)/AFP

Apoie Siga-nos no

A China anunciou nesta sexta-feira 5 que está encerrando a cooperação com os Estados Unidos em vários campos, com a suspensão das negociações de defesa e climáticas, após a visita da presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan nesta semana.

O governo chinês “suspenderá as negociações sobre mudanças climáticas com os Estados Unidos” e cancelará uma reunião com líderes militares, bem como duas reuniões sobre segurança, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da China, citando o “desprezo” que Pelosi demonstrou em sua visita a Taiwan.

China e Estados Unidos, os dois maiores emissores de gases do efeito estufa do mundo, alcançaram um acordo surpresa sobre o clima na cúpula COP26 celebrada em Glasgow no ano passado.

No acordo, os países se comprometeram a trabalhar juntos para acelerar a ação a favor do clima durante a próxima década e a se reunir regularmente para “abordar a crise climática”.

Entre outras medidas, o ministério chinês anunciou a suspensão da cooperação com os Estados Unidos na repatriação de migrantes ilegais, em matéria de justiça, crime transnacional e combate às drogas.

Também anunciou sanções contra Pelosi e sua família, mas não detalhou as medidas.


A China, que considera Taiwan parte integrante de seu território, iniciou na quinta-feira as maiores manobras militares de sua história ao redor da ilha em resposta à visita de Pelosi. As manobras prosseguirão até domingo.

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.