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Chile supera meio milhão de casos de Covid-19 na véspera do plebiscito constitucional

Chilenos vão às urnas para votar se querem ou não redigir uma nova Constituição que substitua a herdada da ditadura de Pinochet

País está sob estado de exceção por catástrofe e toque de recolher noturno, com as fronteiras fechadas, assim como as escolas. Créditos: Martin BERNETTI / AFP País está sob estado de exceção por catástrofe e toque de recolher noturno, com as fronteiras fechadas, assim como as escolas. Créditos: Martin BERNETTI / AFP
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As autoridades do Chile informaram, neste sábado 24, que o país superou o meio milhão de casos de Covid-19, na véspera de um plebiscito constitucional marcado pelas medidas de segurança.

“Temos que agir com muita responsabilidade neste plebiscito”, disse em coletiva de imprensa a subsecretária de Saúde, Paula Daza, ao entregar o relatório das últimas 24 horas sobre o avanço da pandemia de coronavírus, no qual foram registrados 1.631 novos casos e 48 mortes.

Desse modo, o total alcançou os 500.542 positivos e 13.892 óbitos desde 3 de março, quando se detectou o primeiro caso no país.

A situação se manteve nos últimos meses com uma tendência estável e sem grandes altos e baixos, embora os surtos apareçam ocasionalmente em diferentes regiões do Chile, atualmente na parte sul.

Neste sentido, 14 milhões de chilenos estão convocados às urnas neste domingo para votar em um plebiscito se querem ou não redigir uma nova Constituição que substitua a herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) e foco das críticas durante mais de um ano de protestos sociais.

Para tentar realizar essas eleições de forma segura, o país adaptou a realidade da pandemia de coronavírus nos locais de votação, que a partir das 08h00 da manhã começarão a receber os eleitores.

Por esse motivo, as salas de aula dos colégios que serão locais eleitorais foram desinfetadas, assim como as mesas, cadeira e todos os móveis. O tempo de votação foi estendido por 12 horas para dar maior espaço no horário de voto e evitar aglomerações.

No estádio Nacional, em Santiago, o maior centro de votação do país, equipes de desinfecção pulverizaram as instalações com nanopartículas de cobre.

“Estamos higienizando o maior local de votação do país, para assegurar às pessoas que amanhã poderão votar sem medo de se contagiar”, disse no estádio o ministro de Mineração, Baldo Prokurica.

Cada mesa de votação disponibilizará álcool em gel e os mesários utilizarão máscara, luvas e proteção facial, para receber os votos dos eleitores, que deverão entrar sozinhos no colégio, levar sua própria caneta azul de casa e só poderão tirar a máscara por alguns segundos em frente aos mesários para comprovar sua identidade.

O Chile está sob estado de exceção por catástrofe e toque de recolher noturno, com as fronteiras fechadas, assim como as escolas.

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