Chegou ao Rio de Janeiro na manhã desta sexta-feira 10 o avião da Força Aérea Brasileira (FAB), procedente de Cascavel (PR), com o paciente suspeito de infecção por ebola. Segundo o portal G1, o paciente se chama Souleymane Bah, de 47 anos. Ele chegou da Guiné ao Brasil, com escala no Marrocos, no dia 19 de setembro. O paciente se encontra, neste momento, no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, que funciona dentro da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), referência nacional para casos de ebola.
Ainda segundo o G1, o paciente veio para o Brasil na condição de refugiado e pode ficar no país até 22 de setembro de 2015, de acordo com o documento expedido pela Coordenação Geral de Polícia de Imigração. A Guiné é um dos três países que concentramo surto de ebola na África, juntamente com a Libéria e Serra Leoa.
O paciente relatou que nos dois últimos dias teve febre. Até o início da noite de quinta-feira 9, ele estava subfebril e não apresentava hemorragia, vômitos ou quaisquer outros sintomas. Está em bom estado geral e é mantido em isolamento total. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cascavel (PR) que atendeu o paciente deve ser liberada para atendimento à população às 13h desta sexta-feira 10. A informação é da prefeitura de Cascavel. De acordo com o comunicado, uma reunião entre uma equipe do Ministério da Saúde e outros órgãos, nesta manhã, decidiu pela liberação da UPA, que estava mantida em isolamento. A unidade deve passar por uma higienização total antes da reabertura.
Por estar no 21º dia, limite máximo para o período de incubação da doença, foi considerado caso suspeito, seguindo os protocolos internacionais. O ebola só é transmitido por meio do contato com o sangue, tecidos ou fluídos corporais de indivíduos doentes, ou pelo contato com superfícies e objetos contaminados. O vírus é transmitido quando surgem os sintomas.
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio informou que o Rio de Janeiro está trabalhando de acordo com determinações do Ministério da Saúde para manter as unidades de saúde em alerta para a possível identificação de sintomas relacionados ao vírus ebola. Um plano de contingência já foi elaborado em parceria com as secretarias municipais de Saúde, Corpo de Bombeiros e Fiocruz. Há equipamentos de proteção individual (EPIs) estocados para os profissionais de saúde.
Em caso de suspeita de paciente com o vírus, ele será encaminhado pela unidade de emergência em que for atendido para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, onde está Bah. O ebola é uma doença de notificação compulsória imediata, que deve ser realizada pelo profissional de saúde ou pelo serviço que prestar o primeiro atendimento ao paciente, pelo meio mais rápido disponível, de acordo com a Portaria nº 1.271, de 6 de junho de 2014. Todo caso suspeito deve ser notificado imediatamente às autoridades de saúde das secretarias municipais, estaduais e à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
*Com informações da Agência Brasil