Mundo
Chefes da inteligência de Israel negociam no Egito acordo sobre Gaza
Negociações indiretas entre Israel e o Hamas foram retomadas na semana passada em Doha, com a mediação de Egito, EUA e Catar


Os chefes dos serviços secretos israelenses encontravam-se nesta quinta-feira 22 no Cairo para negociar um acordo para a libertação dos reféns em poder do Hamas na Faixa de Gaza, anunciou à AFP um porta-voz do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O chefe do Mossad, agência de inteligência responsável pelo trabalho no exterior, e o do Shin Bet, agência de segurança interna, participam de negociações que buscam “avançar em um acordo para libertar os reféns”, informou Omer Dostri.
Negociações indiretas entre Israel e o Hamas foram retomadas na semana passada em Doha, com a mediação de Egito, Estados Unidos e Catar, para tentar encerrar mais de dez meses de conflito na Faixa de Gaza e obter a libertação dos reféns sequestrados por islamistas em 7 de outubro no sul de Israel.
Dostri não informou se Catar e Estados Unidos participam das negociações na capital egípcia. A imprensa de Israel afirmou que há representantes de Washington.
Tanto Israel quanto o Hamas dizem concordar com o plano apresentado em maio pelo presidente americano, Joe Biden. Mas o Hamas, que exige a aplicação estrita do documento, acusa Israel de ter acrescentado “novas condições”.
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, que concluiu ontem seu nono giro pelo Oriente Médio desde o começo do conflito, anunciou que propôs um novo plano, que teria sido aceito por Israel, que não comentou o assunto.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.