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Chefe do Hamas vai ao Egito tratar da situação em Gaza

A visita coincide com as negociações que, segundo uma fonte próxima, ocorrem no Catar para libertar os reféns no poder do Hamas em troca de uma trégua de vários dias

Chefe do Hamas vai ao Egito tratar da situação em Gaza
Chefe do Hamas vai ao Egito tratar da situação em Gaza
Registro de bombardeio israelense ao norte da Faixa de Gaza, nesta quinta-feira 9. Foto: Ronaldo Schemidt/AFP
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O líder do Hamas palestino, Ismail Haniyeh, baseado no Catar, reuniu-se nesta quinta-feira 9 no Egito com o chefe da Inteligência egípcia sobre a situação em Gaza, em meio à guerra entre seu movimento e Israel.

“O chefe do gabinete político do Hamas chegou ao Egito nesta quinta-feira de manhã à frente de uma delegação que se reuniu com o chefe do serviço de Inteligência, general Abbas Kamel, sobre a situação na Faixa de Gaza”, informou o movimento em um comunicado.

A visita coincide com as negociações que, segundo uma fonte próxima, ocorrem no Catar para libertar os reféns no poder do Hamas em troca de uma trégua de vários dias.

Os chefes de Inteligência de Israel e dos Estados Unidos falaram nesta quinta-feira com responsáveis catarianos sobre uma “possível pausa humanitária”, segundo um responsável pelas negociações.

Egito e Catar participaram das negociações anteriores que permitiram liberar, no final de outubro, duas mulheres sequestradas pelo Hamas em sua incursão no território israelense em 7 de outubro, e retidas, desde então, em Gaza.

O Egito tem sido um mediador histórico do conflito israelense-palestino e seus serviços de Inteligência costumam organizar as mediações entre os movimentos palestinos, ou entre israelenses e palestinos.

Cerca de 240 reféns de todas as idades, israelenses, estrangeiros, ou de dupla nacionalidade foram levados para Gaza pelos islamistas após o ataque de 7 de outubro, que deixou pelo menos 1.400 mortos, a maioria civis, em Israel, segundo as autoridades do país.

Desde então, Israel bombardeia a Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007, com o objetivo de “aniquilar” o grupo islamista. Segundo o movimento, mais de 10.812 pessoas, sobretudo civis, morreram nesses bombardeios.

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