O comandante do Exército do Uruguai, general Guido Manini Ríos, foi demitido pelo presidente Tabaré Vázquez após criticar a Justiça do país. Durante uma reunião com o presidente, Ríos questionou o Poder Judiciário sobre a acusação aos militares de violação dos direitos humanos durante a ditadura militar no país, entre 1973 e 1985.
Segundo comunicado oficial, Vázques entendeu a postura do general como “grave” e que “a atitude assumida pelo comandante do Exército de censurar o Poder Judiciário é absolutamente incompatível com o cargo que vinha desempenhando”.
Ainda de acordo com o texto, o comandante disse ao presidente uruguaio que a “Justiça do país não deu garantias aos acusados e aplicou a sorte do Direito para o inimigo”.
Não foi a primeira vez que a relação entre Vázquez e Ríos ficou estremecida. Em setembro de 2018, o general recebeu uma pena de 30 dias de detenção (a maior possível para seu cargo) após ter dado declarações polêmicas sobre a reforma da previdência dos militares do Uruguai.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login