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Chefe da ONU denuncia ‘catástrofe humanitária descomunal’ em Gaza

António Guterres denunciou que ‘o sistema alimentar entrou em colapso e a fome está se espalhando, especialmente no norte’ da Faixa

Chefe da ONU denuncia ‘catástrofe humanitária descomunal’ em Gaza
Chefe da ONU denuncia ‘catástrofe humanitária descomunal’ em Gaza
Inicia trégua humanitária na Faixa de Gaza MAHMUD HAMS / AFP
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A Faixa de Gaza enfrenta “uma catástrofe humanitária descomunal diante dos olhos do mundo” em meio ao conflito entre Israel e o grupo islamista palestino Hamas, denunciou nesta quarta-feira 29 o secretário-geral da ONU, António Guterres.

“A população de Gaza vive no meio de uma catástrofe descomunal, diante dos olhos do mundo. Não devemos olhar para o outro lado”, insistiu António Guterres em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU em Nova York.

“Intensas negociações estão em andamento para prolongar a trégua (entre as partes), que saudamos com grande satisfação, mas acreditamos que precisamos de um verdadeiro cessar-fogo humanitário”, disse ao Conselho, lembrando que 80% da população do enclave palestino foi deslocada desde o início da guerra.

Segundo Guterres, “o sistema alimentar entrou em colapso e a fome está se espalhando, especialmente no norte” da Faixa.

Ele também destacou a “terrível” situação sanitária nos centros de acolhimento, que representam “uma séria ameaça à saúde pública”.

“O volume de ajuda que chega aos palestinos em Gaza ainda é completamente insuficiente para satisfazer as necessidades de mais de dois milhões de pessoas”, em particular o combustível, insistiu o secretário-geral. Ele também apelou mais uma vez à abertura de outros pontos de passagem em direção à Faixa de Gaza, além daquele habilitado em Rafah.

“Devemos garantir que o povo da região tenha finalmente um horizonte de esperança, avançando de forma decisiva e irreversível em direção a uma solução de dois Estados, baseada nas resoluções das Nações Unidas e no direito internacional, com Israel e a Palestina vivendo lado a lado, em paz e segurança”, sublinhou.

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