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Chefe da OEA é alvo de investigação por relacionamento com funcionária

Investigação interna vai apurar a suposta má conduta de Luis Almagro

O secretário-geral da OEA, Luis Almagro. Foto: Juan Manuel Herrera/OAS
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O chefe da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro, está enfrentando uma investigação interna no órgão para apurar possível violação do código de ética da organização. O motivo? Manter um relacionamento consensual com uma funcionária. 

O romance, que parece ser de longa data, veio à tona durante uma reunião com delegados de 34 países na capital do Peru, esta semana. 

Funcionários disseram se sentir desconfortáveis e intimidados ao interagir com a suposta amante do chefe. 

Diretrizes da OEA proíbem relacionamento entre funcionários, dado que tal conduta pode interferir “no desempenho de suas funções ou em detrimento de outras pessoas no local de trabalho”.

Além disso, o regulamento interno da organização prevê ainda que pessoas em cargo de supervisão, como é o caso de Almagro, devem renunciar à posição em cargos como este, já que poderiam beneficiar a pessoa com quem se relacionam de alguma forma. 

Questionado pela Associated Press, Almagro da organização não quis comentar sobre o caso.

Uma porta-voz da OEA negou que Almagro tenha sido supervisor da mulher, dizendo que, desde 2019, ela trabalha na Secretaria para o Fortalecimento da Democracia da Instituição.

“Almagro nunca participou de nenhuma decisão sobre os interesses desta funcionária dentro da OEA”, disse o porta-voz Gonzalo Espariz por e-mail.

Segundo a Associated Press, a mulher que teria relacionamento longo com Almagro é citada em uma biografia do secretário-geral como alguém que tem uma conexão “muito profunda e muito intensa” com seu chefe. 

As revelações da investigação ocorrem menos de duas semanas depois que outra organização regional dominada pelos EUA, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, demitiu seu presidente, o ex-funcionário da Casa Branca Mauricio Claver-Carone, por alegações semelhantes.

Almagro foi eleito para chefiar a OEA com apoio quase unânime em 2015, após servir como ministro das Relações Exteriores do governo de esquerda do Uruguai.

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