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Chávez tem recaída por câncer e designa Maduro como sucessor

Presidente da Venezuela, que fará novo tratamento em Cuba, falou pela primeira vez sobre sua sucessão

Imagem de 8 de novembro mostra Chávez ao lado de Maduro em reunião no palácio Miraflores. Foto: AFP
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O presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou neste sábado 7 que se submeterá a uma nova cirurgia em Cuba após o reaparecimento de “algumas células malignas” na mesma região onde foi detectado um câncer em 2011, ao mesmo tempo em que designou o vice-presidente Nicolás Maduro como seu eventual sucessor.

“Por alguns outros sintomas, decidimos com a equipe médica adiantar exames (…) e, bom, lamentavelmente, nesta revisão exaustiva, surge a presença na mesma área afetada de algumas células malignas novamente”, afirmou Chávez em uma rede de rádio e televisão a partir do palácio presidencial.

“É absolutamente imprescindível me submeter a uma nova intervenção cirúrgica e isso deve ocorrer nos próximos dias, inclusive digo que os médicos recomendavam que fosse ontem (sexta-feira), no mais tardar ontem ou este fim de semana, mas eu disse não”, explicou o presidente, que na sexta-feira retornou de Cuba depois de se submeter durante nove dias a um tratamento médico.

Chávez, de 58 anos e desde 1999 no poder, foi diagnosticado pela primeira vez com câncer em junho de 2011 e já sofreu uma recaída em fevereiro deste ano.

A gravidade e a localização exata de sua doença nunca foram reveladas – embora tenha sido informado que o primeiro foco foi na área pélvica -, e o presidente foi tratado quase exclusivamente em Cuba, onde, além de ser operado, também recebeu ciclos de quimioterapia e radioterapia.

Assim, Chávez disse no sábado que voltará neste domingo 8 a Cuba para se submeter à cirurgia, ao mesmo tempo em que pediu aos venezuelanos que, se ocorresse algo que o “inabilitasse de alguma maneira” para assumir em janeiro um novo mandato – que venceu nas eleições de outubro -, elegessem o vice-presidente Nicolás Maduro como novo presidente.

“Se ocorresse alguma coisa que me inabilitasse de alguma maneira, Nicolás Maduro nesta situação deve concluir, como manda a Constituição, o período” antes da convocação de eleições e “vocês elejam Maduro como presidente da República, peço isso do meu coração”, disse um emocionado Chávez, que pela primeira vez fez referência a sua possível saída de cena.

A Constituição venezuelana estabelece que se ocorrer a falta absoluta de um presidente antes da posse, deverão ser realizadas novas eleições em um período de 30 dias e, enquanto isso, o presidente do Parlamento assumirá o cargo. Se a falta ocorrer nos primeiros quatro anos de mandato, também serão convocadas eleições, mas o vice-presidente exercerá temporariamente o cargo.

Maduro, que atua há mais de seis anos como chanceler da Venezuela, foi nomeado vice-presidente por Chávez poucos dias após o presidente ser reeleito para o período 2013-2019 e desde então exerce ambos os cargos.

“Independentemente dos resultados de seu tratamento futuro, Chávez deixa clara a sucessão para enfrentar qualquer divisão interna”, afirmou em sua conta do Twitter Luis Vicente León, presidente da empresa Datanálisis. León também considerou que, se a sucessão de Maduro “ocorrer, a maior probabilidade é que seja com Chávez vivo para consolidá-la internamente”.

Trata-se da primeira vez que o presidente fala abertamente de sua eventual sucessão.

Maduro, junto a uma dezena de ministros, acompanhou Chávez durante o discurso de sábado, no qual o presidente – apesar de se mostrar aflito por alguns momentos – também demonstrou força e bom-humor, ao convocar a unidade dos seus e até mesmo entoar uma canção.

Chávez, que entre julho e outubro protagonizou uma campanha eleitoral atípica com poucos giros e aparições, esteve totalmente ausente da vida pública por três semanas antes de retornar na sexta-feira de Cuba, para onde havia partido no dia 27 de novembro para um tratamento complementar de oxigenação hiperbárica.

“Eu decidi vir fazendo um esforço adicional, na verdade, e, bom, as dores são de alguma importância. (Estou) com o tratamento de calmantes e estamos em uma fase pré-operatória, preparando tudo. Eu preciso retornar a Havana amanhã (domingo)”, disse o presidente, explicando que retornou ao país para deixar os venezuelanos cientes de sua recaída.

Antes de voltar neste domingo a Cuba, também explicou que pedirá autorização ao Parlamento para deixar o país por mais de cinco dias.

Pouco depois do anúncio de Chávez, as redes sociais venezuelanas receberam milhares de mensagens sobre a saúde do presidente e alguns de seus colaboradores convocaram correntes de oração para este domingo em todo o país.

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O presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou neste sábado 7 que se submeterá a uma nova cirurgia em Cuba após o reaparecimento de “algumas células malignas” na mesma região onde foi detectado um câncer em 2011, ao mesmo tempo em que designou o vice-presidente Nicolás Maduro como seu eventual sucessor.

“Por alguns outros sintomas, decidimos com a equipe médica adiantar exames (…) e, bom, lamentavelmente, nesta revisão exaustiva, surge a presença na mesma área afetada de algumas células malignas novamente”, afirmou Chávez em uma rede de rádio e televisão a partir do palácio presidencial.

“É absolutamente imprescindível me submeter a uma nova intervenção cirúrgica e isso deve ocorrer nos próximos dias, inclusive digo que os médicos recomendavam que fosse ontem (sexta-feira), no mais tardar ontem ou este fim de semana, mas eu disse não”, explicou o presidente, que na sexta-feira retornou de Cuba depois de se submeter durante nove dias a um tratamento médico.

Chávez, de 58 anos e desde 1999 no poder, foi diagnosticado pela primeira vez com câncer em junho de 2011 e já sofreu uma recaída em fevereiro deste ano.

A gravidade e a localização exata de sua doença nunca foram reveladas – embora tenha sido informado que o primeiro foco foi na área pélvica -, e o presidente foi tratado quase exclusivamente em Cuba, onde, além de ser operado, também recebeu ciclos de quimioterapia e radioterapia.

Assim, Chávez disse no sábado que voltará neste domingo 8 a Cuba para se submeter à cirurgia, ao mesmo tempo em que pediu aos venezuelanos que, se ocorresse algo que o “inabilitasse de alguma maneira” para assumir em janeiro um novo mandato – que venceu nas eleições de outubro -, elegessem o vice-presidente Nicolás Maduro como novo presidente.

“Se ocorresse alguma coisa que me inabilitasse de alguma maneira, Nicolás Maduro nesta situação deve concluir, como manda a Constituição, o período” antes da convocação de eleições e “vocês elejam Maduro como presidente da República, peço isso do meu coração”, disse um emocionado Chávez, que pela primeira vez fez referência a sua possível saída de cena.

A Constituição venezuelana estabelece que se ocorrer a falta absoluta de um presidente antes da posse, deverão ser realizadas novas eleições em um período de 30 dias e, enquanto isso, o presidente do Parlamento assumirá o cargo. Se a falta ocorrer nos primeiros quatro anos de mandato, também serão convocadas eleições, mas o vice-presidente exercerá temporariamente o cargo.

Maduro, que atua há mais de seis anos como chanceler da Venezuela, foi nomeado vice-presidente por Chávez poucos dias após o presidente ser reeleito para o período 2013-2019 e desde então exerce ambos os cargos.

“Independentemente dos resultados de seu tratamento futuro, Chávez deixa clara a sucessão para enfrentar qualquer divisão interna”, afirmou em sua conta do Twitter Luis Vicente León, presidente da empresa Datanálisis. León também considerou que, se a sucessão de Maduro “ocorrer, a maior probabilidade é que seja com Chávez vivo para consolidá-la internamente”.

Trata-se da primeira vez que o presidente fala abertamente de sua eventual sucessão.

Maduro, junto a uma dezena de ministros, acompanhou Chávez durante o discurso de sábado, no qual o presidente – apesar de se mostrar aflito por alguns momentos – também demonstrou força e bom-humor, ao convocar a unidade dos seus e até mesmo entoar uma canção.

Chávez, que entre julho e outubro protagonizou uma campanha eleitoral atípica com poucos giros e aparições, esteve totalmente ausente da vida pública por três semanas antes de retornar na sexta-feira de Cuba, para onde havia partido no dia 27 de novembro para um tratamento complementar de oxigenação hiperbárica.

“Eu decidi vir fazendo um esforço adicional, na verdade, e, bom, as dores são de alguma importância. (Estou) com o tratamento de calmantes e estamos em uma fase pré-operatória, preparando tudo. Eu preciso retornar a Havana amanhã (domingo)”, disse o presidente, explicando que retornou ao país para deixar os venezuelanos cientes de sua recaída.

Antes de voltar neste domingo a Cuba, também explicou que pedirá autorização ao Parlamento para deixar o país por mais de cinco dias.

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