Mundo
Chávez está ‘cada dia melhor’, diz ministro venezuelano
Jorge Arreaza, casado com a filha de Chávez e ministro da Ciência e Tecnologia, acompanha sua recuperação em Cuba
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, está “cada dia melhor” e “mais incorporado as suas funções”, disse na terça-feira 29 o ministro da Ciência e da Tecnologia, Jorge Arreaza, genro do mandatário. Chávez se recupera desde dezembro em Cuba de sua quarta cirurgia por um câncer.
Arreaza, casado com a filha mais velha de Chávez, Rosa Virgina, fez as declarações por telefone ao canal estatal VTV. O governo explicou nos últimos dias que Chávez deixou o pós-operatório e entrou em uma nova etapa de tratamento contra o câncer diagnosticado em meados de 2011.
No último comunicado divulgado no sábado, o governo indicou que Chávez superou a insuficiência respiratória ocorrida após a cirurgia de 11 de dezembro, embora “persista um certo grau de insuficiência respiratória que está sendo devidamente tratado”. Arreaza insistiu nesta terça que o mandatário está na “plenitude” de suas faculdades intelectuais.
Em uma mensagem assinada de próprio punho, Chávez se dirigiu na segunda aos líderes latino-americanos e caribenhos reunidos na cúpula da Celac em Santiago. “Lamento não poder ter comparecido a este evento em Santiago do Chile. Como é do conhecimento de todos desde dezembro do ano passado, estou batalhando de novo por minha saúde na Cuba revolucionária”, disse Chávez na carta lida pelo vice-presidente venezuelano Nicolás Maduro.
No domingo, o líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, acusou o governo de “mentir descaradamente” sobre a saúde do presidente, de 58 anos e há 14 no poder. “O governo está mentindo para vocês debaixo de seus narizes, descaradamente, porque uma pessoa que pode assinar cartas (…), não vai poder falar ao país?”, se perguntou Capriles.
Chávez recebeu a permissão da Assembleia Nacional, de maioria governista, para se ausentar de forma indefinida do país até que esteja recuperado. O Tribunal Supremo de Justiça autorizou Chávez a não tomar posse no dia 10 de janeiro após este ter sido eleito em outubro para um quarto mandato de seis anos, e estabeleceu que o faça apenas quando estiver em condições.
O máximo órgão judicial decidiu que o governo deveria ser mantido, em uma decisão muito criticada pela oposição.
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