Chanceler russo visita China pela primeira vez desde a invasão da Ucrânia

O governo chinês se recusou a condenar a intervenção militar da Rússia na Ucrânia e criticou as sanções ocidentais contra Moscou

O chanceler russo, Sergei Lavrov. Foto: Kirill KUDRYAVTSEV/POOL/AFP

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O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, desembarcou nesta quarta-feira na China para uma reunião de dois dias sobre o Afeganistão, em sua primeira visita ao país desde o início da invasão da Ucrânia, anunciou a embaixada da Rússia em Pequim.

O governo chinês se recusou a condenar a intervenção militar da Rússia na Ucrânia e criticou as sanções ocidentais contra Moscou.

Lavrov seguiu para a cidade de Tunxi (leste), que recebe uma reunião até quinta-feira de sete países que têm fronteira com o Afeganistão (Rússia, China, Paquistão, Irã, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão).

O chefe da diplomacia do regime talibã de Cabul, Amir Khan Muttaqi, também é esperado para o encontro, segundo a agência estatal chinesa Xinhua.

De modo paralelo, uma reunião sobre um “mecanismo de consulta” a respeito do Afeganistão será organizada com a participação de diplomatas da China, Rússia, e Paquistão, assim como dos Estados Unidos, informou Pequim.

As reuniões acontecem uma semana após a primeira visita do ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, a Cabul desde que o Talibã tomou o poder em agosto passado.


A China tem uma pequena fronteira montanhosa de 76 quilômetros com o Afeganistão.

Pequim teme que o país vizinho se transforme em uma base de retaguarda para separatistas da etnia uigur, a majoritária na vasta região fronteiriça de Xinjiang (noroeste).

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