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Cerca de 50 países pedem à Venezuela na ONU que publique ‘imediatamente’ resultados das eleições

As autoridades eleitorais venezuelanas atribuíram a vitória ao presidente Nicolás Maduro, embora a oposição afirme que seu candidato, Edmundo González Urrutia, seja o vencedor

Cerca de 50 países pedem à Venezuela na ONU que publique ‘imediatamente’ resultados das eleições
Cerca de 50 países pedem à Venezuela na ONU que publique ‘imediatamente’ resultados das eleições
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Foto: Federico Parra/AFP
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Cerca de 50 de países, entre eles os Estados Unidos e os membros da União Europeia, pediram nesta quinta-feira 12 na ONU às autoridades venezuelanas que publiquem “imediatamente” os resultados das eleições e permitam a “verificação imparcial” dos mesmos.

“Instamos o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) a publicar imediatamente os resultados da votação da eleição presidencial de todos os colégios eleitorais e permitir a verificação imparcial dos resultados por observadores independentes, em prol da credibilidade, legitimidade e transparência do processo eleitoral”, pediram em uma declaração lida pelo representante do Panamá.

A declaração é apoiada por países como Austrália, Canadá, Bulgária, Espanha, França, Japão, Itália, Marrocos, Paraguai, Portugal, Uruguai, Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, entre outros.

Sem ter ainda publicado as atas de votação das eleições presidenciais realizadas em 28 de julho, as autoridades eleitorais venezuelanas atribuíram a vitória ao presidente Nicolás Maduro, embora a oposição afirme que seu candidato, Edmundo González Urrutia, atualmente exilado na Espanha, seja o vencedor com mais de 60% dos votos.

De acordo com um relatório preliminar de um painel de especialistas da ONU divulgado em 13 de agosto, o CNE “não cumpriu com as medidas básicas de transparência e integridade” e “descumpriu” os prazos estabelecidos.

“É hora de os venezuelanos realizarem negociações construtivas e inclusivas para resolver esse impasse eleitoral e restaurar, pacificamente, as normas democráticas (…) e os desejos dos venezuelanos”, diz a declaração.

Além disso, o documento manifesta “grande preocupação” com os abusos e violações aos direitos humanos, como assassinatos, prisões arbitrárias, táticas intimidatórias e falta de garantias para um julgamento justo de opositores.

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