Mundo
Centenas de haitianos levam seis dias presos na fronteira Brasil-Peru
Migrantes cruzaram ilegalmente a ponte binacional em direção ao Peru, mas foram devolvidos ao território brasileiro
Cerca de 450 migrantes, a maioria haitianos, estão nesta quarta-feira 17 há seis dias presos tentando sair do Brasil e entrar no Peru, sem sucesso, por uma ponte fronteiriça na Amazônia, vigiada por militares e policiais.
Os uniformizados peruanos impedem que eles atravessem a Ponte da Integração do Acre, devido à proibição no Peru desde o final de janeiro da entrada de viajantes do Brasil, Reino Unido e África do Sul, países que detectaram novas cepas da Covid-19.
A Igreja Católica peruana pede uma solução para esses migrantes.
A ponte binacional inaugurada em 2006, de 240 metros de comprimento sobre o rio Acre, está localizada na remota região peruana de Madre de Dios, 1 mil km ao leste de Lima, na área da fronteira tripla entre Brasil, Peru e Bolívia.
Os migrantes, entre eles mulheres e crianças, afirmam que só precisam da permissão de trânsito no Peru, já que seu destino é o Equador, Estados Unidos ou seus respectivos países. Por enquanto, dormem em barracas e escolas na aldeia de Assis, no lado brasileiro da fronteira.
As centenas de migrantes cruzaram ilegalmente a ponte na terça-feira 16, ultrapassando os uniformizados peruanos que a vigiavam. Os migrantes, porém, foram devolvidos ao território brasileiro, disse o Comando Conjunto das Forças Armadas peruanas.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.