Mundo
Casa Branca critica Nobel após anúncio de que Trump não venceu o prêmio da Paz
Diretor de comunicação do governo dos EUA disse que o comitê da premiação coloca a ‘política acima da paz’


A campanha de Donald Trump para ser agraciado com o prêmio Nobel da Paz não deu certo – ao menos desta vez. A líder opositora venezuelana María Corina Machado foi anunciada como vencedora, o que causou revolta na Casa Branca.
“O comitê do Prêmio Nobel provou que coloca a política acima da paz”, escreveu o diretor de comunicação do governo dos Estados Unidos, Steven Cheung, em postagem na rede social X.
Desde que voltou à Casa Branca, em janeiro deste ano, Trump faz campanha aberta para conquistar o prêmio, citando as intervenções em conflitos como os do Oriente Médio e da Ucrânia.
“O presidente Trump vai continuar fazendo acordos de paz, encerrando guerras e salvando vidas. Ele tem o coração de um humanista, e nunca vai haver ninguém como ele, que consegue mover montanhas com a força de sua vontade”, prosseguiu Cheung.
O diretor do Comitê do Nobel, Jørgen Watne Frydnes, foi perguntado sobre a campanha do presidente dos EUA, e disse que ações assim não são incomuns.
“O Comitê funciona em uma sala cheia de fotos de pessoas premiadas, pessoas com coragem e integridade. Baseamos nossas decisões apenas no trabalho e no legado de Alfred Nobel”, escreveu Frydnes, citando o cientista e filantropo que criou a premiação.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.