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Capriles desafia Chávez para debate na Venezuela

Presidente venezuelano diz que adversário “não é nada” e não tem “nada” para propor

Imagem da TV pública TeleSur mostra o deputado oposicioniosta Juan Carlos Caldera supostamente recebendo suborno. Foto: ©AFP
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CARACAS (AFP) – O candidato da oposição à presidência da Venezuela, Henrique Capriles Radonski, desafiou no domingo 16 o presidente Hugo Chávez a participar de um debate antes das eleições de 7 de outubro. Chávez, no poder desde 1999, nega a realização do debate afirmando que Capriles “não é nada” e não tem “nada” para propor.

“Os venezuelanos gostariam de escutar um debate sobre propostas, os venezuelanos não querem ouvir insultos”, disse Capriles, que há meses insiste em um debate eleitoral com Chávez para expor seus planos de governo. “Qual é o problema – pergunto ao candidato do governo – de fazermos uma horinha (de debate) em rede nacional de rádio e televisão, com cada um apresentando seu programa, sua proposta?”, questionou Capriles durante campanha em Caracas.

“São vocês que devem decidir, são vocês que precisam escutar e comparar, eu tenho uma proposta para cada um dos problemas da Venezuela. Não tenho interesse em aprofundar um projeto político, o que me interessa é construir uma Venezuela melhor”, disse Capriles em comício no bairro de Petare, no subúrbio de Caracas. Capriles, ex-governador do Estado de Miranda (norte), é candidato único da oposição venezuelana.

Acusação de corrupção

Na semana passada, o partido de Chávez divulgou um vídeo como prova de um suposto suborno aceito por um deputado membro da campanha de Capriles.

Julio Chávez, um deputado da Assembleia Nacional (PSUV), divulgou um vídeo em que Juan Carlos Caldera (do Primeiro Justiça, partido de Capriles) aparece recebendo dinheiro de uma pessoa – cuja identidade não foi revelada – supostamente acertando fundos mensais para uma “tarefa” que não informou. Além disso, os dois interlocutores avaliam a possibilidade de um encontro entre Capriles e o “chefe” do indivíduo não identificado no exterior. Julio Chávez anunciou ter solicitado uma investigação parlamentar e acusou a oposição de “violar a lei”.

A reação de Capriles foi imediata e, em mensagem transmitida pela emissora privada Globovisión, anunciou a expulsão de Caldera, também candidato à prefeitura do município Sucre, em Caracas. “Fica excluído da campanha política, fica excluído deste projeto, fica excluído também como representante nosso no Conselho Nacional Eleitoral (CNE)”, afirmou.

Capriles disse, ainda, que o governo, “desesperado”, está tentando metê-lo “em seu pântano de corrupção, de compras, de maletas”, de onde “nunca” se aproximará. Mais tarde, Caldera se defendeu das acusações e declarou, durante coletiva, ter sido alvo de uma “armação” para “manchar a candidatura” de Capriles.

O deputado da oposição explicou que o desconhecido do vídeo é representante do empresário Wilmer Ruperti – vinculado ao governo -, que lhe deu 40.000 bolívares (9.300 dólares) para financiar sua candidatura como prefeito, esclarecendo que o dinheiro “não tem nada a ver” com a campanha de Capriles. “Eu não me vendo, nem recebo suborno”, esclareceu. Capriles, ex-governador do populoso estado de Miranda (norte), enfrentará Chávez, favorito na maioria das pesquisas, nas eleições presidenciais de 7 de outubro.

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CARACAS (AFP) – O candidato da oposição à presidência da Venezuela, Henrique Capriles Radonski, desafiou no domingo 16 o presidente Hugo Chávez a participar de um debate antes das eleições de 7 de outubro. Chávez, no poder desde 1999, nega a realização do debate afirmando que Capriles “não é nada” e não tem “nada” para propor.

“Os venezuelanos gostariam de escutar um debate sobre propostas, os venezuelanos não querem ouvir insultos”, disse Capriles, que há meses insiste em um debate eleitoral com Chávez para expor seus planos de governo. “Qual é o problema – pergunto ao candidato do governo – de fazermos uma horinha (de debate) em rede nacional de rádio e televisão, com cada um apresentando seu programa, sua proposta?”, questionou Capriles durante campanha em Caracas.

“São vocês que devem decidir, são vocês que precisam escutar e comparar, eu tenho uma proposta para cada um dos problemas da Venezuela. Não tenho interesse em aprofundar um projeto político, o que me interessa é construir uma Venezuela melhor”, disse Capriles em comício no bairro de Petare, no subúrbio de Caracas. Capriles, ex-governador do Estado de Miranda (norte), é candidato único da oposição venezuelana.

Acusação de corrupção

Na semana passada, o partido de Chávez divulgou um vídeo como prova de um suposto suborno aceito por um deputado membro da campanha de Capriles.

Julio Chávez, um deputado da Assembleia Nacional (PSUV), divulgou um vídeo em que Juan Carlos Caldera (do Primeiro Justiça, partido de Capriles) aparece recebendo dinheiro de uma pessoa – cuja identidade não foi revelada – supostamente acertando fundos mensais para uma “tarefa” que não informou. Além disso, os dois interlocutores avaliam a possibilidade de um encontro entre Capriles e o “chefe” do indivíduo não identificado no exterior. Julio Chávez anunciou ter solicitado uma investigação parlamentar e acusou a oposição de “violar a lei”.

A reação de Capriles foi imediata e, em mensagem transmitida pela emissora privada Globovisión, anunciou a expulsão de Caldera, também candidato à prefeitura do município Sucre, em Caracas. “Fica excluído da campanha política, fica excluído deste projeto, fica excluído também como representante nosso no Conselho Nacional Eleitoral (CNE)”, afirmou.

Capriles disse, ainda, que o governo, “desesperado”, está tentando metê-lo “em seu pântano de corrupção, de compras, de maletas”, de onde “nunca” se aproximará. Mais tarde, Caldera se defendeu das acusações e declarou, durante coletiva, ter sido alvo de uma “armação” para “manchar a candidatura” de Capriles.

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