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Candidata macrista à Presidência da Argentina quer reverter entrada no Brics

‘A Argentina sob o nosso governo não estará no Brics’, afirmou Patricia Bullrich nesta quarta-feira 24. O presidente Alberto Fernández defende a adesão

Candidata macrista à Presidência da Argentina quer reverter entrada no Brics
Candidata macrista à Presidência da Argentina quer reverter entrada no Brics
A candidata à Presidência da Argentina Patricia Bullrich. Foto: Luis Robayo/AFP
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A candidata à Presidência da Argentina Patricia Bullrich, ex-ministra da Segurança do governo de Mauricio Macri, afirmou ser contrária à entrada do país no Brics, anunciada nesta quinta-feira 24.

“A Argentina sob o nosso governo não estará no Brics”, declarou, em um evento na cidade de Buenos Aires. “O presidente, que está em uma situação de enorme fragilidade e sem exercer seu cargo, acaba de comprometer a Argentina a aderir ao Brics, no momento em que ocorre a guerra na Ucrânia.”

Nesta quinta, durante a cúpula na África do Sul, os líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e do país anfitrião anunciaram a admissão de seis novos membros:

  • Argentina
  • Egito
  • Etiópia
  • Arábia Saudita
  • Irã
  • Emirados Árabes Unidos

O presidente Alberto Fernández, por sua vez, defendeu o ingresso do país no bloco e ressaltou que o Brics representa 24% do PIB global.

“Vamos ser protagonistas de um destino comum em um bloco que representa mais de 40% da população mundial”, prosseguiu. “A nossa entrada no Brics é um objetivo coerente com a nossa busca de projetar o país como um interlocutor-chave e um potencial articulador de consensos em colaboração com outras nações.”

Ainda segundo o presidente, um desafiador contexto global confere ao bloco ainda mais relevância e o torna uma “importante referência geopolítica e financeira”.

Nesta quinta, o presidente Lula deu as boas-vindas aos novos membros e dedicou uma “mensagem especial” a Fernández, um “grande amigo do Brasil e do mundo em desenvolvimento”.

O Brics reivindica um equilíbrio mundial mais inclusivo, em particular no que diz respeito à influência dos Estados Unidos e da União Europeia. Durante a cúpula, o bloco reafirmou sua posição de “não alinhamento”, em um contexto de divisões provocadas pelo conflito na Ucrânia.

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