Mundo

assine e leia

Caixa de Pandora

Com as intervenções de Elon Musk na política de moderação do Twitter, o discurso de ódio teve crescimento explosivo na plataforma, atestam pesquisas

Anistia. Banidos após o motim do Capitólio, os radicais trumpistas retornaram à rede - Imagem: Tasos Katopodis/Getty Image/AFP
Apoie Siga-nos no

Poucas horas após enviar um e-mail aos integrantes do Conselho de Confiança e Segurança do Twitter, painel de especialistas externos responsável por revisar as práticas de moderação de conteúdo na plataforma, no qual demitia todos os contratados e desejava melhor sorte no futuro, o bilionário sul-africano Elon Musk fez uma curta postagem na rede social: a palavra “Siga” acompanhada do emoji de um coelho. A mensagem aparentemente inofensiva atiçou os seguidores da teoria da conspiração QAnon, que acreditam na existência de uma cabala sinistra a comandar o mundo e combatida em segredo por Donald Trump. Entre os adeptos da seita, “seguir o coelho branco” significa buscar por evidências da ação desse grupo maligno.

Musk gosta de instigar grupos extremistas. Recentemente, ele escreveu na plataforma que gostaria de saber como a Terra seria daqui a 88 milhões de anos, número com significado especial para os neonazistas – seria um código para Heil Hitler, uma vez que “H” é a oitava letra do alfabeto. Após o empresário concluir a compra do Twitter por 44 bilhões de dólares e demitir metade de seus funcionários, os discursos de ódio se alastraram na plataforma feito rastilho de pólvora. Pesquisas de instituições como o Centro para Combate do Ódio Online e a Liga Contra a Difamação revelam que as mensagens antissemitas cresceram 61%, os ataques contra a comunidade LGBTQIA+ aumentaram 58% e as ofensas raciais contra negros subiram mais de 300%.

Os ataques racistas aumentaram mais de 300%. As ofensas antissemitas ou contra gays tiveram altas superiores a 58%

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo