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Brasileiros ficam de fora de 3ª lista de travessia de Gaza ao Egito, apesar de tratativas do Itamaraty

Na quinta-feira 2, o ministro das Relações Exteriores no Brasil, Mauro Vieira, fez contato telefônico com o chanceler do Egito, Sameh Shoukry, reiterando o pedido pela liberação da passagem

Mauro Vieira. Imagem: Gustavo Magalhães/MRE
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Pelo terceiro dia consecutivo, brasileiros ficam de fora da lista para realizar a travessia de Gaza ao Egito. A terceira lista publicada autoriza a passagem de 571 pessoas, sem incluir o grupo que pediu repatriação ao Brasil, apesar dos apelos do Itamaraty.

A nova lista publicada pela administração do posto de controle de Rafah permitiu a liberação de norte-americanos, britânicos, italianos, alemães, mexicanos e indonésios. A maioria é dos Estados Unidos e Reino Unido: 367 norte-americanos e 127 britânicos.

O processo de liberação envolve consultas ao Egito, Israel, EUA e Qatar, país do golfo Pérsico que abriga parte da liderança do Hamas. Washington e Londres são aliados de primeira hora de Israel, mas a Indonésia, também agraciada agora, é um país de maioria muçulmana que não tem laços diplomáticos com Tel Aviv.

Uma primeira lista permitiu a liberação de 500 nomes, com pessoas da Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão e República Tcheca. Na quinta-feira 2, outros 576 receberam a liberação, entre cidadãos do México, Hungria, Croácia, Coreia do Sul, Azerbaijão, Grécia, Chade, Bahrein, Itália, Suíça, Sri Lanka, Holanda, Bélgica e Macedônia do Norte.

Na quinta-feira 2, o Itamaraty intensificou as tratativas pela repatriação. A pasta informou que o ministro das Relações Exteriores no Brasil, Mauro Vieira, fez contato telefônico com o chanceler do Egito, Sameh Shoukry, reiterando o pedido pela liberação da passagem de Rafah para os brasileiros retidos em Gaza, para que possam entrar em território egípcio e ser imediatamente repatriados.

A Embaixada do Brasil na Palestina recebeu pedido de repatriação de 34 pessoas, sendo 24 brasileiros e 10 palestinos que pediram apoio brasileiro para migração. São 18 esperando na cidade de Rafah e 16 em Khan Yunis, a 10 km da passagem.

Quando liberado, o grupo deverá ser recebido por uma equipe do Itamaraty do lado egípcio da fronteira e levado de ônibus até a capital, Cairo, de onde voarão para o Brasil numa aeronave da Presidência brasileira que já está em solo egípcio.

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