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Brasil segue ‘com preocupação’ tensão pelo Essequibo após manobras militares

Mais de 5.600 soldados venezuelanos participaram de exercícios militares ordenados pelo presidente Nicolás Maduro, em resposta à chegada de um navio de guerra britânico à Guiana

Brasil segue ‘com preocupação’ tensão pelo Essequibo após manobras militares
Brasil segue ‘com preocupação’ tensão pelo Essequibo após manobras militares
Esta foto divulgada pela presidência venezuelana mostra o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro (C), discursando ao lado do ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino Lopez (esq.), durante uma reunião com membros das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) em Caracas, em 28 de dezembro. Foto: Francisco Batista / Venezuelan Presidency / AFP
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O governo brasileiro manifestou, nesta sexta-feira (29), “preocupação” com o novo pico de tensão entre Venezuela e Guiana no conflito pelo Essequibo, após as manobras militares próximas à região rica em petróleo.

“O governo brasileiro acompanha com preocupação os últimos desdobramentos do contencioso em torno da região de Essequibo”, disse o Itamaraty em uma nota oficial.

Mais de 5.600 soldados venezuelanos participaram, na quinta-feira (28), de exercícios militares ordenados pelo presidente Nicolás Maduro, em resposta à chegada de um navio de guerra britânico à Guiana, que negou ter planos para uma “ação ofensiva” contra Caracas.

A chegada do “HMS Trent” alterou uma frágil trégua entre os dois países em uma disputa centenária pelo território de Essequibo, rico em petróleo e administrado pela Guiana, que se intensificou nos últimos meses.

“O governo brasileiro acredita que demonstrações militares de apoio a qualquer das partes devem ser evitadas, a fim de que o processo de diálogo ora em curso possa produzir resultados”, acrescentou a Chancelaria brasileira.

Desde o início das tensões, Lula tenta fazer a mediação entre Caracas e Georgetown para evitar uma possível guerra na região.

O governo brasileiro disse estar “convencido” de que instituições regionais, como a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), são os fóruns adequados para resolver o assunto.

Também pediu “respeito” pela declaração de Argyle, alcançada em 14 de dezembro, na qual Guiana e Venezuela se comprometeram a abordar o assunto de forma pacífica.

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