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Brasil, Índia, Japão e Alemanha pleiteiam assento no Conselho de Segurança da ONU

Entrada de novos membros no seleto grupo é reivindicação antiga e apontada como oportunidade de reformar a instituição

Foto: Reprodução
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Brasil, Índia, Japão e Alemanha exigiram nesta quarta-feira 23, à margem da Assembleia Geral da ONU, um assento de membro permanente em um Conselho de Segurança ampliado. A entrada de novos membros no seleto grupo é uma reivindicação antiga e apontada como uma oportunidade de reformar a instituição.

“Estamos empenhados em relançar as discussões sobre a reforma do Conselho de Segurança”, afirmou um comunicado conjunto, após uma reunião por videoconferência entre os chefes da diplomacia do Brasil, Ernesto Araújo, da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, do Japão, Motegi Toshimitsu, e o vice-ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Niels Annen. “O mundo de hoje é muito diferente daquele que viu a criação das Nações Unidas há 75 anos. Há mais países, mais pessoas, mais desafios, mas também mais soluções”, afirmaram os ministros.

O tema da ampliação do Conselho de Segurança, com mais membros permanentes e não permanentes, tem sido mencionado com muita frequência pelos países participantes da Assembleia Geral da ONU desde o início da semana. O atual Conselho é composto por cinco membros permanentes com direito de veto – Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido – e dez membros não permanentes renovados pela metade a cada ano e com mandato de dois anos.

Nesse contexto, a Alemanha é membro não permanente do Conselho até o final do ano, enquanto a Índia deve ocupar assento em janeiro.

Pedido de reforma há mais de 15 anos

A reforma do Conselho de Segurança vem sendo discutida na ONU desde 2005, mas sem grandes avanços até agora.

Para os quatro países que pleiteiam uma cadeira permanente, e que realizaram sua videoconferência no contexto de uma pandemia que deixou o mundo de joelhos, é urgente reformar o Conselho de Segurança, ampliando-o para “torná-lo mais representativo, legítimo e eficaz”. Caso contrário, a instituição se tornará “obsoleta”, alertaram os representantes do Brasil, Índia, Japão e Alemanha.

Uma reforma é a única maneira de “preservar sua credibilidade e criar o apoio político necessário para a resolução pacífica das crises internacionais de hoje”, insistiram os quatro ministros em seu comunicado à imprensa.

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