Brasil e 23 países da Celac pedem cessar-fogo em Gaza e destacam ‘intransigência’ de Israel

Texto lamenta a morte de 30 mil palestinos desde o início dos ataques israelenses

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante sessão Plenária da 8ª Cúpula da Celac, em Kingstown, São Vicente e Granadinas. Foto: Ricardo Stuckert/PR

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Países que integram a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos, a Celac, divulgaram uma declaração conjunta em que pedem cessar-fogo humanitário imediato na Faixa de Gaza e apontam “intransigência” do governo de Israel. O documento tem 24 signatários, entre eles o Brasil.

O texto destaca a morte de 30 mil palestinos desde o início dos ataques israelenses e reforçam a exigência da Assembleia Geral das Nações Unidas pela interrupção do conflito.

“Conscientes da intransigência refletida nas declarações do governo de Israel e do agravamento da crise humanitária em Gaza, deploramos o assassinato de civis israelenses e palestinos, incluindo os cerca de 30 mil palestinos mortos desde o início da incursão de Israel em Gaza, e manifestamos profunda preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza e com o sofrimento da população civil palestina”, dizem.

“Endossamos fortemente a exigência da Assembleia Geral das Nações Unidas de um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza e de que todas as partes no conflito cumpram o direito internacional, nomeadamente no que diz respeito à proteção de civis”, afirmam os países.

Os chefes de Estado signatários também reivindicam que se tome nota dos casos em curso perante a Corte Internacional de Justiça “para determinar se a ocupação continuada do Estado da Palestina pelo Estado de Israel constitui uma violação do direito internacional e se o ataque de Israel a Gaza constituiria genocídio”.

Os países exigem ainda a “libertação imediata e incondicional” de todos os reféns e a garantia de acesso humanitário às áreas afetadas, além de manifestar apoio à Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras aos Refugiados da Palestina.


Em um dos tópicos, a Celac recorda resoluções da Assembleia da ONU e do Conselho de Segurança e reitera “a importância crucial do estabelecimento de dois Estados, Israel e Palestina, vivendo lado a lado dentro de fronteiras seguras e reconhecidas”.

O bloco informa também que foi convocado um mecanismo para monitorar o impacto da incursão israelense na Palestina, sob a presidência pro tempore de Honduras.

Em nota, o governo brasileiro declarou que o documento “amplia o clamor da comunidade internacional por um cessar-fogo”. Durante a reunião, o presidente Lula (PT) chamou a operação israelense de “carnificina”.

A reunião ocorreu na última semana, em Kingstown, em São Vicente e Granadinas.

Veja os países que assinaram o documento

  • Antígua e Barbuda;
  • Bahamas;
  • Barbados;
  • Belize;
  • Bolívia;
  • Brasil;
  • Colômbia;
  • Cuba;
  • Chile;
  • Dominica;
  • República Dominicana;
  • Granada;
  • Guiana;
  • Haiti;
  • Honduras;
  • Jamaica;
  • México;
  • Nicarágua;
  • São Cristóvão e Neves;
  • Santa Lúcia;
  • São Vicente e Granadinas;
  • Suriname;
  • Trinidad e Tobago;
  • Venezuela.

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