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Brasil critica autoridades de Israel por apoiarem emigração na Faixa de Gaza

Para o Itamaraty, a manifestação prejudica a busca pela paz

Brasil critica autoridades de Israel por apoiarem emigração na Faixa de Gaza
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Foto: Said Khatib/AFP
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O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota na noite desta sexta-feira 5 na qual critica as recentes declarações de autoridades de Israel em defesa da emigração dos palestinos da Faixa de Gaza. O Itamaraty considerou que essa posição viola o direito internacional e prejudica a possibilidade de paz.

“O governo brasileiro tomou conhecimento, com preocupação, de recentes declarações de autoridades do governo de Israel que desejam promover a emigração da população palestina da Faixa de Gaza para outros países, assim como o restabelecimento de assentamentos israelenses naquele território”, informou o Itamaraty.

Segundo o governo brasileiro, “ao proporem medidas que constituem violações do Direito Internacional, declarações dessa gravidade aprofundam tensões e prejudicam as perspectivas de alcançar a paz na região”.

O direito internacional proíbe o deslocamento forçado de populações e a aquisição de territórios por meio da guerra.

Em 31 de dezembro, em entrevista a uma rádio de Israel, o ministro das Finanças do país, Bezalel Smotrich, defendeu a emigração dos palestinos de Gaza. De acordo com ele, “se houver 100 mil ou 200 mil árabes em Gaza e não 2 milhões de árabes, toda a discussão no dia seguinte será totalmente diferente”.

Para Smotrich, somente assim Israel poderia “fazer o deserto florescer”, segundo noticiou a agência Reuters. Essa mesma posição foi defendida pelo ministro da Segurança de Israel, Itamar Bem-Gvir.

União Europeia, países árabes, Organização das Nações Unidas e Estados Unidos também criticaram as declarações do ministro israelense.

(Com informações da Agência Brasil)

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