Mundo
Brasil concorre à chefia da OMC
Azevêdo, indicado por Dilma Rousseff, desempenhou papéis-chave na organização


O diplomata Roberto Azevêdo foi indicado pelo governo brasileiro como candidato à chefia da OMC. Ela deverá ser ocupada por um africano, um latino-americano ou um caribenho, avaliam especialistas. Europa não irá concorrer.
O governo brasileiro informou que apresentará o diplomata Roberto Azevêdo como candidato às eleições para a direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). Azevêdo é embaixador brasileiro junto da OMC desde 2008 e desempenhou papéis-chave em importantes rodadas de negociações da organização.
Entre as negociações de sucesso em que esteve envolvido, está o debate em torno do algodão – litígio em que o Brasil contestava o subsídio do governo dos EUA aos produtores de algodão do país – cujo resultado final favoreceu Brasília.
Escolha em maio
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, a indicação foi feita por instrução da presidenta Dilma Rousseff, por considerar que o diplomata tem “amplo conhecimento da organização, seus mecanismos e potencialidades” e está “diretamente envolvido com temas econômicos há mais de 20 anos”.
A escolha do novo diretor-geral da organização é prevista para maio de 2013. As 158 nações integrantes da OMC têm prazo até a segunda-feira, último dia do ano, para apresentar um candidato.
Em nota, o Itamaraty destacou que o Brasil tem desempenhado um papel importante junto ao sistema multilateral de comércio, especialmente no âmbito das negociações da Rodada de Doha.
“A candidatura brasileira representa a importância atribuída pelo país ao fortalecimento da OMC e procura contribuir para o progresso institucional da OMC e para o desenvolvimento econômico e social mundial”, destaca o Itamaraty.
Três mulheres são candidatas
Entre os países que já apresentaram candidatos estão o México (Hermínio Blanco), Coreia do Sul (Taeho Bark), Indonésia (Mari Pangestu), Gana (Alan Kyerematen), Quênia (Amina Mohamed), Costa Rica (Anabel Gonzalez), Jordânia (Ahmad Hindawi) e Nova Zelância (Tim Groser).
O atual diretor-geral da organização é o francês Pascal Lamy, cujo mandado expira em 31 de agosto de 2013. Observadores acreditam que o próximo chefe da OMC muito provavelmente não será nem um europeu nem um norte-americano.
Muitos avaliam que o posto deverá ser ocupado por um africano, um latino-americano ou um candidato caribenho, embora o próprio Lamy tenha declarado que “não há sistema de rotação entre países ou regiões” e que seu sucessor, escolhido por consenso, deve ser apontado com base apenas em sua competência.
O único membro da OMC que descartou uma candidatura própria é a União Europeia. “Obviamente, desta vez não será alguém da Europa”, afirmou na semana passada o comissário europeu de Comércio, Karel de Gucht.
O diplomata Roberto Azevêdo foi indicado pelo governo brasileiro como candidato à chefia da OMC. Ela deverá ser ocupada por um africano, um latino-americano ou um caribenho, avaliam especialistas. Europa não irá concorrer.
O governo brasileiro informou que apresentará o diplomata Roberto Azevêdo como candidato às eleições para a direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). Azevêdo é embaixador brasileiro junto da OMC desde 2008 e desempenhou papéis-chave em importantes rodadas de negociações da organização.
Entre as negociações de sucesso em que esteve envolvido, está o debate em torno do algodão – litígio em que o Brasil contestava o subsídio do governo dos EUA aos produtores de algodão do país – cujo resultado final favoreceu Brasília.
Escolha em maio
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, a indicação foi feita por instrução da presidenta Dilma Rousseff, por considerar que o diplomata tem “amplo conhecimento da organização, seus mecanismos e potencialidades” e está “diretamente envolvido com temas econômicos há mais de 20 anos”.
A escolha do novo diretor-geral da organização é prevista para maio de 2013. As 158 nações integrantes da OMC têm prazo até a segunda-feira, último dia do ano, para apresentar um candidato.
Em nota, o Itamaraty destacou que o Brasil tem desempenhado um papel importante junto ao sistema multilateral de comércio, especialmente no âmbito das negociações da Rodada de Doha.
“A candidatura brasileira representa a importância atribuída pelo país ao fortalecimento da OMC e procura contribuir para o progresso institucional da OMC e para o desenvolvimento econômico e social mundial”, destaca o Itamaraty.
Três mulheres são candidatas
Entre os países que já apresentaram candidatos estão o México (Hermínio Blanco), Coreia do Sul (Taeho Bark), Indonésia (Mari Pangestu), Gana (Alan Kyerematen), Quênia (Amina Mohamed), Costa Rica (Anabel Gonzalez), Jordânia (Ahmad Hindawi) e Nova Zelância (Tim Groser).
O atual diretor-geral da organização é o francês Pascal Lamy, cujo mandado expira em 31 de agosto de 2013. Observadores acreditam que o próximo chefe da OMC muito provavelmente não será nem um europeu nem um norte-americano.
Muitos avaliam que o posto deverá ser ocupado por um africano, um latino-americano ou um candidato caribenho, embora o próprio Lamy tenha declarado que “não há sistema de rotação entre países ou regiões” e que seu sucessor, escolhido por consenso, deve ser apontado com base apenas em sua competência.
O único membro da OMC que descartou uma candidatura própria é a União Europeia. “Obviamente, desta vez não será alguém da Europa”, afirmou na semana passada o comissário europeu de Comércio, Karel de Gucht.
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