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Boris Johnson comemorou aniversário com festa durante confinamento, diz TV

Segundo a ITV, compareceram à festa até 30 pessoas, inclusive a arquiteta de interiores Lulu Lytle, que executou a custosa reforma do apartamento de Johnson em Downing Street

O ex-primeiro-ministro Boris Johnson. Foto: Alberto Pezzali/AFP
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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, comemorou seu aniversário com vários amigos em pleno confinamento, apesar da norma que vigorava na época, reportou nesta segunda-feira 24 a emissora ITV.

Segundo a ITV, Johnson participou de uma festa de aniversário organizada por sua esposa na tarde de 19 de junho de 2020, durante o primeiro confinamento, apesar de este tipo de reunião estar proibido na época.

Compareceram à festa até 30 pessoas, inclusive a arquiteta de interiores Lulu Lytle, que executou a custosa reforma do apartamento de Johnson em Downing Street, cujo financiamento causou controvérsia.

Segundo uma porta-voz de Downing Street, Boris Johnson teria permanecido “menos de dez minutos” nesta reunião.

A ITV News reportou que vários amigos da família Johnson teriam participado de outro evento organizado na noite de 19 de junho, o que o gabinete do premier desmentiu.

“Isso é completamente falso. Seguindo as regras daquela ocasião, o primeiro-ministro recebeu um pequeno número de familiares, em área externa, naquela noite”, informou a Downing Street.

O dirigente, de 57 anos, está na mira após a revelação de uma série de festas comemoradas em Downing Street durante o confinamento, e atualmente atravessa sua pior crise de popularidade desde que chegou ao poder, no verão de 2019.

Diante do escândalo suscitado por essas revelações, o premier costuma afirmar que já foi aberta uma investigação a respeito, chefiada pela alta funcionária Sue Grey, e que será preciso aguardar as conclusões, que não devem demorar.

O ex-conselheiro de Boris Johnson Dominic Cummings se negou a ser interrogado sobre essa investigação, assegurando que, se o fizerem, “o primeiro-ministro inventará histórias absurdas”. Ao contrário, optou por dar seu testemunho por escrito.

Cummings, que não costuma economizar em ataques contra seu ex-chefe desde que deixou o cargo, no fim de 2020 – em um contexto de embates dentro do partido conservador -, advertiu que podem vir à tona “outras histórias prejudiciais” se Boris Johnson não apresentar sua demissão.

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