Gabriel Boric foi comedido ao apresentar os 24 integrantes de seu ministério, na ensolarada manhã da sexta 21 em Santiago. O púlpito improvisado e as cadeiras para um pequeno público, dispostas com distanciamento de tempos pandêmicos nos jardins do Museu Nacional de História Natural, a 5 quilômetros do Palácio de La Moneda, deram um ar informal ao evento. Em 33 minutos, o presidente eleito chamou cada um de seus auxiliares, com breves notas biográficas, e pronunciou um discurso objetivo e sem rodeios para externar os desafios de sua agenda para os próximos quatro anos.
Em contraste com a economia de palavras, a equipe de 14 mulheres e dez homens com idade média de 49 anos é em si eloquente. “Uma mudança de rumos, uma mudança geracional e uma mudança de comportamento”, afirma Pablo Reimers, dirigente do Partido Comunista do Chile, que participa da frente consagrada nas urnas. O ministério contempla nove agremiações, cinco delas integrantes da coligação Apruebo Dignidad, quatro convidadas após a vitória, além de um grupo de oito ministros sem filiação partidária. Alguns símbolos saltam aos olhos.
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