Mundo
Boric reforma seu ministério um ano após assumir o governo do Chile
Após as mudanças. há paridade no gabinete: são 12 ministras e 12 ministros
O presidente do Chile, Gabriel Boric, trocou sua chanceler e outros quatro ministros nesta sexta-feira 10, iniciando uma renovação de seu gabinete um ano depois de assumir o poder como o presidente mais jovem da história do país.
Após uma dura derrota sofrida nesta semana no Congresso, com a rejeição de uma reforma tributária considerada fundamental por seu governo, Boric disse que fez ajustes em sua equipe para melhorar a gestão e equilibrar as forças da coalizão de esquerda que o acompanha.
“O que me motiva a fazer estas mudanças não são pressões políticas ou pequenas compensações. O objetivo destas alterações é a nossa capacidade de resposta e melhorar a gestão”, declarou o presidente na cerimônia de posse no palácio de La Moneda.
Esta é a segunda mudança de gabinete que Boric faz em seu primeiro ano de governo.
A renovação chegou aos ministérios de Relações Exteriores, Obras Públicas, Cultura, Esportes e Ciências. Boric também fez mudanças em 15 subsecretarias.
A nova composição muda a hegemonia das mulheres no gabinete e agora há paridade: 12 ministras e 12 ministros. Antes, havia 14 mulheres e 10 homens no gabinete ministerial.
Boric, no entanto, deixa intactas a Comissão Política e a equipe econômica, que tem conseguido mostrar bons números em nível local.
O ex-vice-secretário de Relações Exteriores do primeiro governo de Michelle Bachelet (2006-2010) e representante do Chile na Corte Internacional de Justiça de Haia, Alberto van Klaveren, substituirá a ex-chanceler Antonia Urrejola.
Urrejola estava no cargo desde o início do governo. Neste ano, sua gestão foi marcada pela digital deixada pelo Chile em matéria de política externa: Boric não hesitou em classificar como “ditadura” o governo de Daniel Ortega na Nicarágua ou em fazer duras críticas ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
No entanto, alguns problemas na chancelaria, como o vazamento de um áudio em que o embaixador argentino no Chile é descrito em termos pejorativos, selaram a saída de Urrejola.
O Ministério de Obras Públicas ficará a cargo de Jessica López, ex-presidenta do Banco Estado, enquanto o ex-jogador de futebol Jaime Pizarro assumirá a pasta de Esportes. A advogada Aisén Etcheverry chefiará o Ministério das Ciências e o ex-diretor de Televisão Nacional Jaime de Aguirre liderará a Cultura.
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