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Boric pede que a Justiça do Chile atue contra denúncias de assédio sexual

O presidente falou pela primeira vez, ainda que brevemente, sobre a investigação que enfrenta no Ministério Público

Boric pede que a Justiça do Chile atue contra denúncias de assédio sexual
Boric pede que a Justiça do Chile atue contra denúncias de assédio sexual
O presidente do Chile, Gabriel Boric Foto: Ludovic MARIN / AFP
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O presidente do Chile, Gabriel Boric, disse nesta quinta-feira 28 esperar que a Justiça faça o seu trabalho em relação à denúncia que ele enfrenta por um suposto assédio sexual a uma mulher há 10 anos e pela divulgação de imagens íntimas, acusações que o presidente nega.

“O porta-voz do governo e meu advogado já se referiram muito claramente (à denúncia). Deixem as instituições fazerem o seu trabalho, deixem o governo governar”, disse Boric à imprensa durante uma entrega de casas em Santiago.

O presidente, de 38 anos, falou pela primeira vez, ainda que brevemente, sobre a investigação que enfrenta no Ministério Público.

Boric foi acusado por uma mulher – cuja identidade permanece confidencial – de assédio sexual e divulgação indevida de imagens íntimas, conforme revelou na segunda-feira Jonatan Valenzuela, advogado do chefe de Estado.

Em vídeo enviado à imprensa, o Ministério Público informou que investiga Boric como “acusado” pela divulgação dessas imagens, mas não se referiu ao caso de assédio sexual.

Para o governo chileno, a denúncia criminal carece de “fundamentação” e, pelo contrário, foi a denunciante quem assediou “sistematicamente” Boric, por meio de e-mails, segundo a porta-voz presidencial Camila Vallejo.

A ação penal foi apresentada em 6 de setembro, mais de uma década depois de Boric conhecer a mulher em um estágio profissional na cidade de Punta Arenas, extremo sul do Chile, de onde é natural o presidente.

Na época, aos 27 anos, Boric havia concluído o curso de Direito e se destacado como líder estudantil. Em 2014, tornou-se deputado pela região.

Boric tem foro especial e, para ser processado, deve, em última instância, perder a imunidade pelo Supremo Tribunal.

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