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Bombardeio israelense deixa 17 mortos na Faixa de Gaza

De acordo com o último balanço de vítimas do lado palestino, 47 crianças estavam entre os mortos e 1.200 pessoas ficaram feridas

Foto: SAID KHATIB / AFP
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Dezessete palestinos foram mortos em ataques israelenses na Faixa de Gaza neste domingo 16, informou o Ministério da Saúde local, elevando o número de mortos no enclave palestino para 174, desde segunda-feira.

O exército israelense bombardeou a casa do líder do Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinouar, e do irmão dele, um ativista terrorista, segundo os militares. Sinouar controla o movimento islâmico palestino no território de dois milhões de habitantes, que vivem sob bloqueio israelense, há mais de 10 anos. A localização dele ainda era desconhecida das autoridades.

De acordo com o último balanço de vítimas do lado palestino, 47 crianças estavam entre os mortos e 1.200 pessoas ficaram feridas, desde o início deste novo ciclo de violência entre o Estado judeu e grupos armados palestinos em Gaza. O exército israelense afirma que 2.800 foguetes foram lançados de Gaza em direção a Israel, onde 10 pessoas morreram.

O ataque deste domingo veio após uma sequência de bombardeios, que já deixaram várias vítimas civis e destruiu um prédio onde trabalhavam jornalistas internacionais em Gaza, no sábado 15. A agência de notícias americana Associated Press diz ter ficado “chocada e horrorizada” com o bombardeio israelense que levou abaixo as instalações de seus escritórios e do canal de televisão Al-Jazeera.

Negociações diplomáticas

As negociações diplomáticas se intensificam após escalada de violência no conflito entre Israel e grupos armados palestinos na faixa de Gaza. Uma reunião virtual do Conselho de Segurança da ONU acontece na tarde deste domingo para discutir as tensões entre Israel e o Hamas, após os atentados que mataram civis e destruíram escritórios da mídia internacional na Faixa de Gaza.

O Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, disse estar “chocado” com o “número crescente de vítimas civis” e “profundamente perturbado” pelo ataque israelense à sede de grupos de mídia estrangeiros.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que falou com o presidente dos Estados Unidos após os ataques, disse ter o apoio “inequívoco” de Joe Biden. O americano também conversou com o presidente palestino Mahmoud Abbas. Biden disse apoiar o direito de Israel “de se defender”, mas expressou preocupação com “a segurança dos jornalistas”.

Neste domingo, o enviado americano à região, Hady Amr, deve se reunir com líderes israelenses em Jerusalém e autoridades palestinas na Cisjordânia ocupada.

Os chanceleres da União Europeia (UE) convocaram uma videoconferência de emergência na terça-feira (18) para tratar sobre os combates entre Israel e os palestinos, informou o ministro das Relações Exteriores da UE, Josep Borrell. “Em vista da escalada em curso entre Israel e Palestina e o número inaceitável de vítimas civis, estou convocando uma videoconferência extraordinária de ministros das Relações Exteriores. Vamos coordenar e discutir como contribuir da melhor maneira possível para acabar com a violência atual “, escreveu Borrell no Twitter.

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