Bolsonaro diz ter ‘afinidade’ com polêmico príncipe da Arábia Saudita

Mohammed bin Salman é acusado pela ONU de estar envolvido no assassinato de um jornalista do Washington Post

Presidente Jair Bolsonaro junto com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, outro integrante da lista de 'predadores da liberdade de imprensa'. Foto: PR

Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro está na Arábia Saudita para um encontro com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. Em entrevista coletiva antes da reunião desta terça-feira 29, o pesselista afirmou que tem uma certa afinidade com Salman.

“Tem uma certa afinidade entre nós dois, desde o último encontro em Osaka (na reunião do G20). Acredito que vai ser uma tarde bastante proveitosa”, completou Bolsonaro.

Mohammed acumula as posições de ministro da Defesa, vice-primeiro ministro e herdeiro do trono saudita. Ele é suspeito de estar envolvido no assassinato do jornalista  do Washington Post, Jamal Khashoggi, visto pela última vez com vida dentro da embaixada saudita na Turquia. Seu corpo foi desmembrado e removido do prédio e seus restos mortais não foram encontrados.

Em junho deste ano, a ONU divulgou um relatório em que diz ter encontrado “provas confiáveis” do envolvimento do príncipe herdeiro na morte do colunista do jornal “Washington Post”, classificando o crime como um “um assassinato extrajudicial pelo qual o Estado da Arábia Saudita é responsável sob a lei internacional dos direitos humanos”.

Nesta segunda-feira (28), Bolsonaro participou de um jantar com o príncipe saudita e nesta terça-feira (29) deverá voltar a se encontrar com Salman para uma reunião de negócios.


Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.