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Bolívia: deputados nomeiam apoiador de Evo Morales para presidência da Câmara

O deputado Sergio Choque foi eleito como novo presidente da Câmara. Ele afirma que irá propor retirada do Exército das ruas

O novo presidente da Câmara dos Deputados da Bolívia, Sergio Choque (Foto: Câmara dos Deputados da Bolívia/Twitter)
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O deputado Sergio Choque, líder da bancada do Movimento pelo Socialismo (MAS), do ex-presidente boliviano Evo Morales, foi eleito como presidente da Câmara dos Deputados em um cenário de disputa constitucional no país latino.

Em sessão da madrugada desta quinta-feira 14, deputados resolveram eleger Choque e afirmaram contar com o apoio de uma deputada da oposição, Iñez Lopez. Sergio Choque destacou que os movimentos sociais não podem “seguir se enfrentando” e afirmou que irá propor um projeto de lei para recuar as investidas do Exército nas manifestações.

O antigo presidente da Câmara, Victor Borda, renunciou assim como Morales e a antiga presidente do Senado, Adriana Salvatierra. O vácuo de poder impulsionou a autoproclamação de Jeanine Añez, que era vice-líder do Senado.

 

No entanto, apoiadores de Morales e o próprio ex-presidente denunciam um golpe de Estado em curso na Bolívia, já que Añez teve imediato apoio do Exército do país e não obteve votos para legitimar sua presidência interina. “Não há golpe de estado na Bolívia, há sim uma reposição constitucional”, afirmou. “O único golpista deste país foi Evo Morales”, disse Añez, em referência à suposta fraude na apuração das eleições de 20 de outubro.

A presidente, porém, já teve apoio de outros países – incluindo o Brasil – para realizar a ‘transição democrática’ na Bolívia. Na quarta-feira 13, Jeanine Añez anunciou uma equipe de 11 ministros para compor o governo provisório. Ela afirma que convocará novas eleições.

Uma das primeiras ações de Añez foi designar uma nova cúpula militar, que terá como comandante das Forças Armadas o general do Exército Sergio Carlos Orellana, que ocupa o lugar do general Williams Kaliman, que passou à reserva.

O general Kaliman, nomeado chefe das Forças Armadas há um ano, se negou a enviar militares para reprimir os protestos e a revolta policial contra Morales, deflagrada na sexta-feira passada.

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