Mundo
Boca de urna indica segundo turno no Uruguai
Pesquisas indicam que Tabaré Vázquez e Luis Lacalle Pou disputarão a rodada final, em novembro. Sondagem indica que redução da maioridade penal não deve ser aprovada
Pesquisas de boca de urna mostram que a eleição presidencial do Uruguai, realizada no 26, será decidida no segundo turno. De acordo com as sondagens, os candidatos Tabaré Vázquez, da Frente Ampla, e Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional, não alcançaram a maioria dos votos no primeiro turno.
Segundo os institutos de pesquisa, Vázquez, da coligação que governa o país desde 2005, deve receber entre 43% e 46% dos votos, seguido por Lacalle Pou, com um percentual entre 31% e 34%. Se a tendência for confirmada, os dois candidatos se enfrentam em 30 de novembro.
O provável terceiro colocado, o senador Pedro Bordaberry, do Partido Colorado, já afirmou que trabalhará pelo triunfo de Lacalle Pou. Segundo as pesquisas, Bordaberry obteve cerca de 12% dos votos.
Vázquez, um médico de 74 anos, foi o primeiro presidente de esquerda do Uruguai, entre 2005 e 2010. Seu grupo político segue no poder há dois mandatos, agora com o ex-guerrilheiro tupamaro José Mujica, que deixará a presidência em 1º de março. Lacalle Pou, advogado e deputado de 41 anos, é filho do ex-presidente Luis Alberto Lacalle.
A corte eleitoral do país deve começar a divulgar os resultados preliminares a partir de meia-noite (hora local). Ainda de acordo com as pesquisas de boca de urna, o plebiscito para reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos de idade para alguns delitos graves não deve ser aprovado.
O apoio da população para essa reforma, de acordo com o instituto de pesquisa Cifra, alcançou 45%. Os uruguaios elegem em paralelo o futuro Parlamento, formado por 31 senadores, além de 99 deputados que representam as 19 províncias do país.
FC/dpa/rtr/lusa
Luis Lacalle Pou, candidato à presidência pelo Partido Nacional
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.


