A formalização do bloqueio econômico dos Estados Unidos contra Cuba completou 60 anos nesta quinta-feira 3. Em 3 de fevereiro de 1962, logo após a Revolução Cubana de 1959, o então presidente americano, John Kennedy, do Partido Democrata, emitiu a Proclamação 3447, que impunha um embargo comercial à ilha caribenha.
A medida representa dificuldades para o país adquirir itens essenciais, como medicamentos, combustíveis e eletrônicos. Em junho do ano passado, a maioria dos países que compõem a Organização das Nações Unidas condenou os embargos pela 29ª vez, e apenas dois países votaram a favor: Estados Unidos e Israel.
Somente o Congresso americano, no entanto, é que pode revogar os embargos, o que ainda não ocorreu.
O governo de Cuba, chefiado por Miguel Díaz-Canel, declarou que os prejuízos nas seis décadas somam quase 145 bilhões de dólares e afirmou que “o bloqueio constitui uma violação massiva, flagrante e sistemática dos direitos humanos”, segundo nota publicada no jornal do Partido Comunista de Cuba, o Granma.
“Trata-se de uma política violatória do direito internacional, que busca, mediante pressões, chantagens e penalidades, isolar Cuba e castigar a quem estabeleça qualquer vínculo econômico com o país. É a expressão prática da Doutrina Monroe do século XXI, que mira a América Latina e o Caribe sob a posição de proprietário”, diz o governo cubano.
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