O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou que os registros dos visitantes da Casa Branca, incluindo os do dia do ataque ao Capitólio, sejam entregues à comissão legislativa que investiga esses eventos, disse a Presidência nesta quarta-feira 16, rejeitando as declarações de seu antecessor, Donald Trump.
Trump alegou que esses registros estavam sujeitos a “privilégio executivo”, uma disposição legal dos EUA que dá ao presidente o direito de manter certos documentos em segredo para o bem do país.
Essa não é a opinião do atual presidente. Biden “concluiu que aplicar ‘privilégios executivos’ não é do interesse dos Estados Unidos”, escreveu a conselheira da Casa Branca, Dana Remus, ao diretor do Arquivo Nacional, em carta divulgada pelo Executivo americano.
Remus lembrou que o governo Biden “publica registros de visitantes por conta própria todos os meses, com poucas exceções”, e que o mesmo aconteceu durante a presidência de Barack Obama.
A comissão parlamentar de investigação dos eventos de 6 de janeiro de 2021 espera que essas listas permitam esclarecer o papel desempenhado por Donald Trump e sua comitiva quando uma multidão de apoiadores do ex-presidente invadiu a sede do Congresso.
O líder republicano e seus associados travam uma guerra com esse comitê especial da Câmara de Representantes, formado principalmente por democratas.
Os legisladores pretendem divulgar suas conclusões antes das eleições parlamentares de meio de mandato, nas quais os republicanos podem recuperar o controle da Câmara e enterrar seu trabalho.
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