O presidente Joe Biden convidou neste sábado 16 seu colega dos Emirados Árabes Unidos, xeque Mohamed bin Zayed Al-Nahyan, a visitar os Estados Unidos, em um gesto de reaproximação após meses de tensões pela guerra na Ucrânia e outras questões.
“Ambos entendemos que os desafios que enfrentamos hoje apenas tornam muito mais importante que passemos mais tempo juntos. Quero convidá-lo formalmente para os Estados Unidos, ao Salão Oval, antes do final do ano”, disse Biden em uma reunião bilateral em Jidá, na Arábia Saudita.
Há anos o governante “de fato” dos Emirados Árabes Unidos, o xeque Mohamed assumiu o cargo, formalmente, em maio, após a morte de seu meio-irmão, xeque Khalifa.
Este rico Estado do Golfo abriga tropas americanas e é um parceiro estratégico de Washington há décadas, mas seus laços econômicos e políticos com a Rússia são cada vez maiores.
Yousef al-Otaiba, embaixador dos Emirados nos Estados Unidos, admitiu em março que as relações com Washington estavam passando por um “teste de estresse”.
O embaixador deu essa declaração depois que os Emirados se abstiveram em uma votação do Conselho de Segurança da ONU sobre uma resolução pela retirada russa da Ucrânia.
O conselheiro político do xeque Mohammed, Anwar Gargash, disse a jornalistas na sexta-feira que os laços entre os Estados Unidos e os Emirados Árabes Unidos têm “questões a serem resolvidas”.
Após uma reunião com líderes sauditas na sexta-feira, Biden quer aproveitar a cúpula deste sábado com líderes árabes para apresentar sua visão sobre o papel de Washington na região.
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