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Biden apresenta projeto que prevê taxar os mais ricos

Proposta ainda prevê outras medidas de apoio às classes trabalhadoras, como investimento na educação e no cuidado de crianças

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Foto: CHANDAN KHANNA/AFP
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O presidente Joe Biden anunciou nesta quarta-feira 28 as principais medidas do “Projeto para as famílias americanas” que será enviado ao Congresso.

Confira as principais medidas:

Aumentar a taxa máxima de imposto de 37% para 39,6%
O plano eleva a alíquota máxima de 37% para 39,6%, um giro de 180º em relação à política adotada por seu antecessor, Donald Trump, na reforma tributária de 2017.

Essa proposta afetará apenas 1% das famílias mais ricas, de acordo com a Casa Branca.

Acabar com as brechas fiscais que beneficiam os mais ricos

Biden quer, em primeiro lugar, aumentar os impostos sobre a renda do capital (vendas de ações, imóveis…) para o 0,3% mais ricos dos americanos, uma promessa de campanha.

A alíquota do imposto sobre essa receita quase dobraria, passando de 20% para 39,6%.

Cerca de 500.000 famílias serão afetadas por este aumento.

O projeto também pretende eliminar a possibilidade, para os mais ricos, de sonegação de impostos, repassando seus ativos a herdeiros, “o que agrava as desigualdades”.

O presidente também quer que os sócios de fundos de cobertura paguem impostos “como qualquer outro trabalhador”, sem poder fazer uso das brechas fiscais, como acontece atualmente.

Outras mudanças devem afetar os investidores imobiliários mais ricos e as grandes empresas que informam perdas comerciais.

O plano de Biden prevê dar ao governo mais meios de controle para garantir que “os ricos paguem o que devem”. Isso deve render aos cofres do Estado 700 bilhões de dólares em 10 anos.

Créditos fiscais para famílias

O valor do crédito fiscal concedido por criança aumentará de US$ 2.000 para US$ 3.000 ou US$ 3.600, dependendo da idade da criança.

O projeto também pretende perpetuar o aumento do empréstimo fiscal concedido para a criação de crianças, previsto no plano de estímulo adotado no início de março.

Mais acesso à educação, da creche à universidade

O governo quer colocar 200 bilhões de dólares na mesa para que todas as crianças possam ir à creche a partir dos três anos. Muitos centros públicos atualmente só as aceitam a partir dos cinco anos.

Também quer investir 109 bilhões de dólares para oferecer dois anos de matrícula a todos os alunos das chamadas faculdades comunitárias. Prevê-se o aumento da ajuda a alunos de baixa renda e a dedicar 9 bilhões aos professores.

Facilitar o cuidado de crianças

As famílias da classe trabalhadora e da classe média gastam no máximo 7% de sua renda cuidando de crianças menores de cinco anos. O governo também quer conseguir em dez anos que sejam garantidas doze semanas de licença maternidade, paternidade ou doença.

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