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Berlusconi retira seus ministros do governo italiano

Ameaçado de ser excluído do Senado após condenação, o “Cavaliere” tenta desestabilizar o governo de Enrico Letta e provoca crise

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O ex-primeiro-ministro italiano e chefe do partido Povo da Liberdade (PdL), Silvio Berlusconi, retirou no sábado 28 todos os seus cinco ministros de Roma. A decisão provoca uma grave crise no governo italiano, liderado pelo primeiro-ministro Enrico Letta. A renúncia dos chefes das pastas poderá levar a novas eleições ou à formação de uma nova coalizão.

Nas últimas semanas vinham crescendo rapidamente as tensões entre os grupos da coalizão governamental, o conservador PdL e o Partido Democrático (PD) de Letta, de orientação social-democrata, devido a ameaça de exclusão do ex-premiê Berlusconi do Senado. Letta anunciara para a próxima semana um voto de confiança a fim de saber se ele ainda conta com uma maioria que o permita governar, depois de o gabinete debater durante horas um pacote fiscal, sem resultados.

Caso ele perca o voto, o presidente Giorgio Napolitano poderá ter que convocar novas eleições – embora, segundo tem demonstrado, contra sua vontade. O premiê e o chefe de Estado anunciaram uma reunião para deliberar os próximos passos.

O PD tem forte maioria na Câmara dos Deputados. No Senado, que dispõe de poderes equivalentes, Letta só conta com uma maioria apertada, e dependeria ou dos votos do PdL ou da oposição para formar uma nova coalizão

Berlusconi criticou a declaração de Letta de que não tomará nenhuma decisão política até o voto de confiança. “Essa é uma grave violação do contrato de coalizão, sobre cuja base o governo foi formado”, disse o político de centro-direita, conhecido por irregularidades em sua carreira política e empresarial, que completa 77 anos de idade neste domingo. No final de junho, Berlusconi foi condenado a sete anos de prisão por prostituição de menores e abuso de poder.

Edição: Mariana Santos
AV/rtr/afp/dpa

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