Mundo
Berlusconi pagou máfia por proteção nos anos 70
Segundo veredito do Tribunal Supremo, ex-premier é ‘vítima’ da Cosa Nostra e ‘atuou por necessidade’


ROMA (AFP) – O ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, entregou à máfia siciliana, Cosa Nostra, “quantias importantes de dinheiro” para garantir sua proteção nos anos 70, informou o Tribunal Supremo em um veredicto publicado nesta quarta-feira 25 pela imprensa.
No documento de 146 páginas, Berlusconi é descrito como “uma vítima que atuou por necessidade” e “pagou quantias importantes de dinheiro por sua segurança e a de sua família”.
Estas afirmações estão na sentença do Tribunal Supremo, que em março decidiu anular a condenação a sete anos de prisão do senador Marcello Dell’Utri, um colaborador de Berlusconi, pronunciada em 2010 por um tribunal de Palermo. A principal instância judicial italiana considerou que faltavam provas contra o senador e pediu um novo julgamento.
O tribunal admite, no entanto, em suas conclusões que o senador siciliano “desempenhou o papel de mediador” entre Berlusconi e o crime organizado. Dell’Utri era o “autor de um acordo de proteção e colaboração entre Berlusconi e a máfia”, afirma.
O senador foi condenado em primeira instância em 2004 a nove anos de prisão por suas relações duvidosas com alguns chefes da máfia siciliana, a Cosa Nostra. Em 2010, o tribunal de apelação de Palermo confirmou a condenação por “cumplicidade com associação mafiosa”, mas reduziu a pena a sete anos.
Berlusconi renunciou ao cargo de primeiro-ministro da Itália em novembro, fragilizado por uma série de escândalos sexuais e pela crise financeira no país.
Atualmente é objeto de três julgamentos por supostas fraudes fiscais, violação do sigilo de instrução e prostituição de menores.
ROMA (AFP) – O ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, entregou à máfia siciliana, Cosa Nostra, “quantias importantes de dinheiro” para garantir sua proteção nos anos 70, informou o Tribunal Supremo em um veredicto publicado nesta quarta-feira 25 pela imprensa.
No documento de 146 páginas, Berlusconi é descrito como “uma vítima que atuou por necessidade” e “pagou quantias importantes de dinheiro por sua segurança e a de sua família”.
Estas afirmações estão na sentença do Tribunal Supremo, que em março decidiu anular a condenação a sete anos de prisão do senador Marcello Dell’Utri, um colaborador de Berlusconi, pronunciada em 2010 por um tribunal de Palermo. A principal instância judicial italiana considerou que faltavam provas contra o senador e pediu um novo julgamento.
O tribunal admite, no entanto, em suas conclusões que o senador siciliano “desempenhou o papel de mediador” entre Berlusconi e o crime organizado. Dell’Utri era o “autor de um acordo de proteção e colaboração entre Berlusconi e a máfia”, afirma.
O senador foi condenado em primeira instância em 2004 a nove anos de prisão por suas relações duvidosas com alguns chefes da máfia siciliana, a Cosa Nostra. Em 2010, o tribunal de apelação de Palermo confirmou a condenação por “cumplicidade com associação mafiosa”, mas reduziu a pena a sete anos.
Berlusconi renunciou ao cargo de primeiro-ministro da Itália em novembro, fragilizado por uma série de escândalos sexuais e pela crise financeira no país.
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