Mundo

Berlusconi é condenado a sete anos de prisão

Devido ao “Rubygate”, ex-premier italiano não pode mais exercer cargos públicos. Ainda cabe recurso

Berlusconi é condenado a sete anos de prisão
Berlusconi é condenado a sete anos de prisão
Ex-premier italiano e a jovem marroquina Karima El Mahroug, conhecida como Ruby
Apoie Siga-nos no

Da Agência Lusa

Roma – O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi foi condenado nesta segunda feira 24 a sete anos de prisão e à interdição perpétua para exercer cargos públicos por um tribunal de Milão. A pena é do caso “Rubygate”. Berlusconi, de 76 anos, é acusado de abuso de poder e incitação à prostituição de menor. A condenação ainda não é definitiva e o acusado pode entrar com recursos.

O julgamento começou em 2011 e surgiu no âmbito de investigações a festas, descritas como “orgias” pelo Ministério Público, organizadas entre março e junho de 2010, numa luxuosa mansão de Berlusconi em Arcore, perto de Milão, nas quais participou a jovem marroquina Karima El Mahroug, conhecida como Ruby, que à época tinha 17 anos.

A procuradora Ilda Boccassini tinha pedido uma pena para o ex-chefe de Governo italiano que não fosse inferior a seis anos de prisão: cinco anos por ter usado em maio de 2010 a sua posição para libertar a jovem, detida por um furto; e mais um ano por “ter pago por serviços sexuais da menor”.

Desde a sua entrada na política em 1994, Silvio Berlusconi já foi condenado a mais de 10 anos de prisão por diversos crimes, mas nenhum dos julgamentos é, até agora, definitivo.

As três magistradas que julgaram Berlusconi decidiram entregar ao Ministério Público as atas de alguns depoimentos para investigarem possíveis declarações falsas.

*Publicado originalmente em Agência Brasil.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo