Economia
Banco Central da China declara ilegais todas as transações com criptomoedas
Em seu comunicado, a instituição bancária adverte que aqueles que não respeitarem as normas serão investigados
O Banco Central da China decidiu nesta sexta-feira 24 que todas as transações financeiras com criptomoedas são ilegais, uma nova medida regulatória contra este tipo de comércio.
“As atividades comerciais vinculadas a moedas virtuais são atividades financeiras ilegais”, anunciou o BC da China em um comunicado, acrescentando que isto “coloca em grave perigo os ativos das pessoas”.
A cotação das criptomoedas, incluindo o bitcoin, registrou grandes flutuações nos últimos meses. Isso se deu, em parte, devido às regulamentações chinesas, que pretendem prevenir a especulação financeira e a lavagem de dinheiro.
Em seu comunicado, a instituição bancária adverte que aqueles que não respeitarem as normas serão “investigados por responsabilidade penal, de acordo com a lei”.
A decisão proíbe todas as atividades financeiras vinculadas com criptomoedas, como o comércio com criptomoedas, a venda de “tokens”, transações que envolvem derivados de criptomoedas e “arrecadação de fundos ilegais”.
O Banco Central da China afirmou que, nos últimos anos, “o comércio e a especulação com bitcoin e outras moedas virtuais se estenderam, alterando a ordem econômica e financeira, aumentando a lavagem de dinheiro, a arrecadação de fundos ilegais, os esquemas de pirâmides e outras atividades criminosas e ilegais”.
Em junho, as autoridades chinesas informaram que mais de 1.000 pessoas foram detidas por lucrar com atividades criminosas para comprar criptomoedas.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.