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Autoridade Palestina afirma que EUA é ‘responsável pelo derramamento de sangue’ em Gaza

Mahmoud Abbas considerou o veto americano à resolução da ONU que pedia um cessar-fogo como ‘imoral’

Mahmoud Abbas . Créditos: Kremlin/ Fotos Públicas
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O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, afirmou neste sábado 9 que considera os Estados Unidos “responsáveis pelo derramamento de sangue” em Gaza, depois de Washington ter vetado uma resolução da ONU que pedia um cessar-fogo neste território palestino.

Abbas, que lidera o governo na Cisjordânia, descreveu a posição dos EUA como “imoral” e indicou que Washington é “responsável pelo derramamento de sangue de crianças, mulheres e idosos palestinos na Faixa de Gaza pelas mãos das forças de ocupação israelenses”, segundo um comunicado de seu gabinete.

O veto dos Estados Unidos, principal aliado de Israel, no Conselho de Segurança da ONU a uma resolução que apelava a um cessar-fogo humanitário bloqueou esta tentativa de trégua ao território palestino.

Para o representante adjunto dos Estados Unidos na ONU, Robert Wood, a resolução estava dissociada da “realidade” e “não teria movido uma agulha no terreno”.

Este esforço para estabelecer um cessar-fogo foi promovido pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, e por vários países árabes.

Israel saudou o veto, mas o promotor da resolução, os Emirados Árabes Unidos, expressou a sua “profunda decepção”.

Abbas afirmou neste sábado que “a posição dos Estados Unidos os torna cúmplices dos crimes de genocídio, limpeza étnica e crimes de guerra cometidos pelas forças de ocupação contra os palestinos em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém”.

O movimento palestino Hamas, que governa Gaza, também condenou a decisão dos EUA, em um momento em que, segundo o grupo islamista, 17.487 pessoas foram mortas pela ofensiva israelense neste território palestino, a maioria mulheres e menores.

afpIsrael bombardeia Gaza em resposta ao ataque lançado pelos combatentes do Hamas contra o seu território, no qual mataram cerca de 1.200 pessoas, na sua maioria civis, e raptaram cerca de 240, segundo as autoridades israelenses. Do número total de reféns, cerca de 138 permanecem cativos.

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