Mundo

Áudio revela críticas de chanceler do Chile a embaixador argentino

Vazamento de gravação provocou a demissão da chefe da assessoria de imprensa da chancelaria chilena

Áudio revela críticas de chanceler do Chile a embaixador argentino
Áudio revela críticas de chanceler do Chile a embaixador argentino
A ministra Antonia Urrejola. Foto: Secretaria-Geral de Governo do Chile
Apoie Siga-nos no

Um áudio em que a chanceler do Chile, Antonia Urrejola, chama o embaixador argentino Rafael Bielsa de louco gerou polêmica nesta terça-feira 24.

A chancelaria chilena admitiu hoje “o vazamento por engano do áudio de uma reunião privada” na qual Antonia se refere duramente ao diplomata argentino.

Bielsa criticou a decisão do governo do esquerdista Gabriel Boric de rejeitar a construção do projeto de mineração e portuário “Dominga”, devido ao seu impacto ambiental.

“Ele faz o que quer quando tem vontade, e a explicação é que está louco”, diz na gravação a chanceler chilena, que enviou ao chanceler argentino, Santiago Cafiero, uma queixa sobre esse caso. “A questão do projeto Dominga foi uma decisão unânime do conselho de ministros. Seu embaixador ataca diretamente o governo do presidente Boric em um tema bastante relevante politicamente. Sinceramente, é inaceitável”, diz Antonia na mensagem a Cafiero.

O vazamento da gravação, uma conversa privada entre a chanceler e sua equipe de trabalho, provocou a demissão da chefe da assessoria de imprensa da chancelaria chilena e uma onda de críticas de políticos de todos os setores políticos, que criticaram o tom informal da conversa.

Segundo a chancelaria chilena, “a situação que motivou a conversa citada já foi superada e não representa em absoluto a excelente relação bilateral entre Argentina e Chile”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo